lirik lagu weis – limites
[verso]
vida à volta d’um curriculo, isso é ridículo
entrego o meu quase vazio, imundo e sem título
e nem posso pôr foto naquilo a mãe fala do mau aspeto
e o porquê do meu estilo
outro discípulo, não paro eu evoluo
estou a trabalhar em rimas para ser ídolo, nah
chega de pensar bonito mais uns tempos fico igual a quem critico
arranjo a mulher dos meus sonhso que vai amar todo o meu guito
e roubar tudo depois tranquilo – divórcio não é delito
tu não queres conflitos?
deixa o teu pai escolher-te o curso, vá não compliques
queres criticas para subir na vida eu não te mostro
compra o manual “dicas para ser igual a quem não gosto”
lição 1 da sociedade: sê tu próprio, é ótimo
lição 2 da sociedade: não dessa maneira é óbvio
‘tás parvo? surgir com ideias novas?
fica agarrado ao p-ssado vais ter de escrevê-lo em provas
deus não me adora porque eu tenho consiência
e não a chamei de cristo, já viste? tenham paciência
acho que a essência ‘tá no fundo ao teu redor
cagar no ser o melhor do mundo para um mundo melhor
queria meter tudo num verso quando expresso e processo
é complexo porque eu perco-me, ideias fogem num expresso
agora peço-te esquece o qu’eu tinha falado
deitei-me a pensar e acordei mudado ‘tá algo errado
nunca provei o pecado, mas sei o que é sentir culpado
não sei se quando escrevo sou eu ou se é um gajo ao meu lado
encaro tudo e não me calo num beat, olha o esquisito
que me acha estranho porque quando falo não tenho um limite
‘tou preso ao beat não me vês preso à idade
vamos redefinir as regras, padrões da sociedade
porque patrões da sociedade têm dados que m’atingem
‘tou farto disto, repõe dados d’origem
estás a fugir do eu as memórias são segredos
sonho em conseguir dormir insónias são pesadelos
quando me deito penso tudo, fico como um puto mudo
pensar num futuro rumo, será que é amanhã que mudo?
não tenho um erro mas -ssumo que há qualquer coisa mal
se calhar não está em mim, está na noçao de normal
eu não me calo chavalo, e meto tudo na letra
faz o mesmo enquanto não pagas por papel e caneta
talvez não queira ser vedeta
mãe não vais ouvir o meu som
não quero que saibas o que penso ou conheças quem sou
não vale a pena um alter-ego, enfim
não é por -ssinar como outro que não tenha vindo de mim
[outro]
não é por -ssinar por outro que não tenha vindo de mim
veio do meu cérebro, fui eu que pensei, as ideias foram minhas, ‘pá eu sei que posso dizer cenas que são más ou -ssim, ‘pá não é por meter outro nome e dizer que aquilo é um alter-ego que não sou eu, ‘pá não, veio de mim
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