lirik lagu sublime records angola – alvas boreais / do que vale?
[verso i (todos os sonhos)]
acordas e o insucesso monótono se mantém constante
a dor de lutar e nada seguir adiante
chorar calado, sofrer solitário, relegado a um canto
gritar desesperado, atirado ao lado, o universo não escuta isto é sufocante
as lágrimas que caem reflectem tua alma
perdida excluída do mundo, isolada
despreza por parte de quem a gerou, relegada nas trevas que o divino criou
onde as sombras a abraçam e o sol não brilhou, foi abandonada
(quando?) tu estás só, (quando?) estás sem consolo
(quando?) o p-ssado -ssombra, (chorando?) e a esperança morre
tu desesperas pelo pote de ouro no final do arco-íris bem lá no horizonte
mas nunca o alcanças pois quanto mais corres tu sentes que mais o horizonte está longe
mudar o mundo já não resulta, justiça humana sempre foi injusta
me renderei e que se foda a luta, se deus é justiça de quem é a culpa
de nada valeu o meu esforço se na minha vida nada muda
do que vale ser filho de um deus se o mundo me vê como um filho da puta?
[refrão (todos os sonhos)]
sem intento, sem chances, sem ensejos de ascensão
sem leito, sem afecto o desprezo toca a canção
num inferno, nas infames garras da rejeição
que se foda, do que vale lutar por uma ilusão
quanto mais tu corres o arco-íris se vai
clamas por um norte e o horizonte desvai
do que vale lutar onde a derrota te atrai
onde talvez o sol não trará alvas boreais
[verso ii (edy-p)]
do que vale seres rico se o amor da tua vida
viveres num labirinto lindo, mas sem saída
agradares aos outros ao contrário de ti
do que vale amares alguém sem antes a ti
teres tudo aqui e nada no além
seres tudo para ti mas para todos, ninguém
queres sabedoria mas não a aplicas
queres democracia mas não a praticas
do que vale a ciência sem consciência
a paciência sem teres coerência
seres emanc-p-do com a mente oprimida
teres o corpo intacto com a alma ferida
do que vale aparentar ser o que não és
ou tentar descrever o que não sentes nem vês
muita coisa de valor as vezes não vale nada
veja o importante que o resto é só fachada
[refrão (todos os sonhos)]
sem intento, sem chances, sem ensejos de ascensão
sem leito, sem afecto o desprezo toca a canção
num inferno, nas infames garras da rejeição
que se foda, do que vale lutar por uma ilusão
quanto mais tu corres o arco-íris se vai
clamas por um norte e o horizonte desvai
do que vale lutar onde a derrota te atrai
onde talvez o sol não trará alvas boreais
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