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lirik lagu proverbio-x – anatomia

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anatomia
da dama do poder
brasilia na retina do meu bem querer.

o céu mais azul,
que os sonhos do poeta,
a dama desfilando com a alma aberta.
veste a roupa indecente a dama do poder
um coração brasileiro pra entender.
o poder é quem manda
ela é só uma dama
obedece o poder mas não perde a honra.
olha olho no olho de um por um
satélite poderoso do hemisfério sul.
capitando a frequência do raciocínio
a dama na retina do nordestino.

polícia, bandido
melhor no gatilho
a cobiça do olho a vaidade da vida
o orgulho dos homens, ganancia da alma
senhoras senh-r-s já vai começar
fede o poder tempo fora maldita
reposta a vida evapora
a porta fechada estampado na cara
idéia doente tá tudo no olhar
fazendo bobeira da sua maneira
acende a fogueira engata a primeira
queimando o chão chamando atenção
põe pilha depois é o primeiro a chorar.
se orgulha do mal, se atrapalha com o bem
se deixar vai além sabe fazer refém.
não ouve ninguém só que deus logo vem.
maranata ora volta, meu senhor jeová.
quem queimou o índio que tava dormindo
achou divertido, ver ele gritar.
90% do corpo queimado todo deformado
ficou internado tudo acabado
parô pra taxó
infelizmente não deu pra aguentar
depois dizer que foi só brincadeira
em rede nacional pra nação brasileira
a dama perdoa com toda certeza
vergonha e tristeza
fez ela chorar

chorou
o sangue derramado
chorou
chorou o sangue derramado, ela chorou

tantas manchas num vestido tão chique
quando olha, não chora resiste
raciocínio mais rápido do centro-oeste
no duelo façam, façam suas preces
juscelino aqui é kubitschek
a dama na retina do df
o manto da esperança aqueçe
as flores da alegria florecem
a dama as vezes é uma criança
inocência que sempre me emociona
o sol da manhã sempre amanhece
a lua da noite sempre anoitece
tá nos olhos do calo do povo
tá no calo dos olhos dos outros
ei, me diga quem são esses outros
que humilham a dama do povo.

coração apertado doído cansado
empedrado gelado
despedaçado esmagado
partido arrasado
humilhado
pode crer ainda quero falar
penso re-penso
choro por dentro
e fico tenso
constrangimento
suspiro fundo
penso em parar
não posso evitar
mas eu vou tentar
no entorno do entorno
da periferia
a mente tão cheia dispensa vazia
o choro do filho
o choro da filha
tampa os ouvidos não quer escutar
a nordestina ouve a notícia
no rádio de pilhas
cadeira vazia ninguém no plenário
senhor deputado recebe o salário e não foi trabalhar
mentiras mentiras mentiras
promessas vazias
traições e mentiras
e mais covardia
incontáveis mentiras
o povo elegeu pra depois chorar

fede por dentro e por fora
maldita resposta
a vida evapora
a porta fechada estampado na cara
idéia doente tá tudo no olhar

chorou
o sangue derramado chorou
chorou o sangue derramado ela chorou


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