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lirik lagu pilha – até que fique mudo

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[letra de “até que fique mudo”]

[verso 1: benny broker]
acende a minha, acende a tua
entretido a ser natura
e me’mo que frite a cena é crua
diz~me a tua, deixo as street, strip
dispo a lua, deambula
escrito restrito a imaturos
aqui maturo e saturo
aliado a mim tipo saturno
dicas puras e assinaturas p’a guiar o fim
se não sabes, quem vai quer ir
procurar um significado
ou podes optar por desistir já
a verdade será aquilo em que acreditares
mulher bem~me~quer, deixo é fluir
desejo népia nem sequer me vejo perto do ir
e primo juro se me apetece
primo mute
o adverso antecede~se e permuto
mando versos e interlúdios
traço a pé, sigo até que o risco cruze
inseto no mundo, insere~se no move
que até rico escuta com voz
até que fique mudo mano
benny brux nas rap virtudes
não percebes isto tudo
interpreto e anulo
incorreto vi o ego que engoliu
e digo~te lil wack que intercepto intruso
por isso é que registo tudo
[?] tropeço e mudo disto até que fique~
[verso 2: fonseca]
fim~de~semana tiraria rítmica
um cancro da sociedade a fazer terapia química
‘tou no quarto piso dentro de quatro paredes
dá~me um bocado disso que eu mato sedes
a p~ssy fere
são descendentes do lúcifer
quando abuso, hiberno
pego no caderno
dou~lhe o uso eterno
tenho dito “escuto”
e eu só lhe digo “escuto” até que fique mudo
só com o medo que fique burro juro
a caneta é paranoia, não vejo nada bem
tipo antena parabólica
é altamente demoníaco
não sentir nada, só batimento cardíaco
eu sei que ‘tou um beco frito
porque amor é uma droga
apanha bad trip
é só plastic
injetado nas veias
tibar daquele vinho infetado nas seias
eu sou acólito, nem ’tou com a boca seca
e não sou alcoólico, o álcool é que é fonseca
[refrão]
eu vou gritar até que fique, mudo
eu vou rimar até que um dia fique
eu vou gritar até que um dia fique, mudo
eu vou rimar até que um dia fique mudo
(eu vou rimar até que um dia fique)

[verso 3: eliot]
tu não me ouviste dizer tudo
vem comigo até ao fundo da tua mente
é o cúmulo, chegar ao cúmulo e ver um túmulo
fuma~me as cinzas, dão vida a uma família de abutres
e numa noite eu fiquei surdo
farto de falar p’a muros, dor de burro
correr atrás do que não vai dar lucro
é o amor, é o meu fruto da criação
é o meu puto, é o meu puto
‘tá a crescer, e ya, ‘tá quase um adulto
mais berras, em barras te enterras, não entendo
eu sou um surdo, p’a quê falar de um verso?
tudo o que queres é um novo
tua criatividade é pouca como o meu repouso
eu não pouso a caneta
fabrico até que venha uma foice e me faça maneta
eu vou rimar até que um dia (esqueça)
olha que um dia eu digo tudo
palavras valem menos que atitudes
um silêncio, um silêncio às vezes diz~me muito
eu vou ser mais do que sempre fui
eu vou gritar até que um dia fique (mudo)
até que um dia fique rouco, eu não me calo
daqui só caio a pique até ao fundo do poço
e com um balde, eu trago~te água
agora absorve o soro, aproveita a vida
hoje, amanhã, ela arranja outros
é uma beija~flor, então beija a flor
até que um dia fiques doido
[verso 4: cripta]
‘tou a sentir a vibe
sei que essa tira vai bem colar~me
e largar~me num vaivém
baza fazer um filme? vem
vou~te por dobrada só não dês foda de merda
como fosses dublada
eu cá acho mesmo que cá só cacho fresco
bebo e é de frisar
que isto é frisante
e é de fixo, será que é fixante?
o meu contexto disto? bebo e não fico santo
consumo whisky com gelo e se não há só um sumo
sei que pessoa sou até que um dia fique mudo
sei que o diabo soa a [soul?] por isso nunca ligo muito
vês a diferença?
no toque, nas fotos, no blog, na ciência do meu ser
que ao adormecer bate o meu coração
de fato guerras no meu quarto são de enlouquecer
da cova ao caixão
da nova paixão pela arte
do dark, claro que respiro do ar que parte o barco
que retiro nunca real desde sempre ao dar~me o tiro

[refrão]
eu vou gritar até que fique, mudo
eu vou rimar até que um dia fique
eu vou gritar até que um dia fique, mudo
eu vou rimar até que um dia fique mudo
(eu vou rimar até que um dia fique)

[verso 5: secta]
silêncio lá fora, ruas caladas
movo duas montanhas só para fazer duas escaladas
sentado no quarto nas escadas
a matar o beat
minha praia privada
com quatro cascatas
sem pó nas garrafas, caraças
não sigo o rebanho d’ovelhas
a falar contigo então baixa as orelhas
sacode as carraças
puto, palavras são balas
ditas da boca de um homem com bolas, então
até que eu fique mudo
mano aproveito agora e digo tudo
flow sick e sisudo
que eu caso c’uma bic
é caso p’a dizer que o caso é bicudo
com barras viro tudo
não sei se é defeito ou virtude
mas ’tou a falar e vais ter d’ouvir tudo

[verso 6: j0ta]
’tou destinado a este corredor descendente
onde tenho morado
luz ao fundo do túnel é o topo do meu buraco
última profecia escrita p’la modesta mão destra
caso contrário borrato (yeah)
só eu sei como me exalto
enclausurado nas paredes deste hexágono
a tentar dizer que um dia fiz algo
mas fiz atos em papel, escrevi p’ra mim em diálogo
conversas do diabo, p’a não ser o ideal
até que fique—
posição de campa, ouvi falar em cuspir debaixo de terra
se acham que saliva rega, dou~vos permissão de glândula
que seja a escarra que garanta, que é até que fique
(cortem~me a garganta)


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