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lirik lagu orteum – se eu tiver

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[intro: tilt]
se eu tiver sangue p’a puder derramar
boy, se eu tiver
posso alimentar o que eu quiser
se eu tiver sangue p’a puder derramar
boy, se eu tiver
posso alimentar o que eu quiser
posso alimentar o que eu quiser
posso alimentar o que eu quiser
é -ssim que ela evolui – ao matar quem polui
se ela se mantiver pura é porque, puto, eu não fui

[verso 1: nero]
regresso da pipa de vinho, tfa
orteum de volta à base
a carregar o barco até já não haver espaço
a escarrar nos instrumentais com aquela cl-sse
e tu ‘tás quase lá, mas ainda te falta o quase!
não vai durar p’a sempre esse disfarce
porque apesar do tempo, eu ‘tou atento a esse desmarque
e quando todo o foco se apagar e deixar de iluminar
eu quero ver se ainda carregas essas frases!
se ainda carregas essas frases!
(agora pensa)
ainda te vou ver a pedir clemência
e mais cinco minutos na imprensa
cinco minutos na imprensa
tu só tens estado a seguir tendências
mas não sei se entendeste a essência
a essência ‘tá no improviso ao som do beatbox
‘tá na adrenalina do bomber em cada sprint que foge
‘tá nos cuts e no break em cima dum beat forte
não é o teu cap ou o teu bote
esta merda é que é hip-hop!

[refrão: tilt]
se eu tiver sangue p’a puder derramar
boy, se eu tiver
posso alimentar o que eu quiser
se eu tiver sangue p’a puder derramar
boy, se eu tiver
posso alimentar o que eu quiser
enquanto eu ‘tiver por cá a estrutura não rui
orteum é a cura quando a cultura não flui
é -ssim que ela evolui – ao matar quem polui
se ela se mantiver pura é porque, puto, eu não fui

[verso 2: tilt]
existem dois tipos de pessoas: existem os vampiros
e outros que dão sangue à causa p’a partir caninos!
meu hip-hop
tu que ecoas e que soas para os ingratos
ainda -ssim, eu enriqueço
amo-te com um certo desinteresse
o movimento é meu, então eu vou comandá-lo
c’uma tal vontade veemente de despedaçá-lo
todo mal das células, é escorraçá-lo!
memo q’a vara rebole com as minhas pérolas no lodaçal
e eu pergunto
do que vale do conhecimento se eu não puder partilhá-lo
p’a pegar no movimento e artilhá-lo?
cultura árida
poluição geral
que alimenta esta máquina enquanto o meu bafo é éter
partilho a minha veia de rapper
monto um sistema de rega e limpo a agulha do catéter
chupa p’a tares na berra cá
pode haver guerra, pá
mas p’ra já, prova só o meu rh
ah!

[refrão: tilt]
se eu tiver sangue p’a puder derramar
boy, se eu tiver
posso alimentar o que eu quiser
se eu tiver sangue p’a puder derramar
boy, se eu tiver
posso alimentar o que eu quiser
enquanto eu ‘tiver por cá a estrutura não rui
orteum é a cura quando a cultura não flui
é -ssim que ela evolui – ao matar quem polui
se ela se mantiver pura é porque, puto, eu não fui

[verso 3: m-ss]
nunca pensei que tanta gente te quisesse
tornaste-te moda
caíste na tentação, viraste porca
disse que te amava, não foi da boca p’a fora
eras colete num salva-vidas. e agora?
ver-te ruir custa engolir. é hediondo
só quero estar no meu canto, mas dizem que o mundo é redondo
mas eu hei de cá estar, enquanto tiver sangue p’a dar
ver-te voltar -ssim que o negócio vos separe
e talvez seja melhor esqueceres os planos
dizes que o rap é a tua vida
‘tás na mesma merda há anos!
onde eles disseram que há abundância, só vi fome
com duas caras em simultâneo como o harrison ford
eu dei suor na pele
mereces mais do que esse coro
amor p’a eles é o polegar a roçar no indicador
eu não ‘tou pr-nto p’a um fim
eles têm monstros debaixo da cama
eu com eles dentro de mim. agora escuta-os

[refrão: tilt]
se eu tiver sangue p’a puder derramar
boy, se eu tiver
posso alimentar o que eu quiser
se eu tiver sangue p’a puder derramar
boy, se eu tiver
posso alimentar o que eu quiser
enquanto eu ‘tiver por cá a estrutura não rui
orteum é a cura quando a cultura não flui
é -ssim que ela evolui – ao matar quem polui
se ela se mantiver pura é porque, puto, eu não fui


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