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lirik lagu o partido – intro

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[intro]
[?]

[verso 1: uno]
os caminhos têm sido prolongados
saiem~te os gritos sem pedirem contraste
lamentas o fim do mundo
sem sarcasmo ou ironia
por isso nenhum problema teu há de ser prioridade
só temos de safar um dia para toda esta luz se mostrar
a conta é como te digo
[?] visto de burros com muito medo de morrer
não porque não fiz tudo
é porque já fiz de tudo
e agora o que é que eu faço?
[?] por atenção desviada a recuperar
desde que os vossos telemóveis vos agarram
consultório e ginásio
clube dos poetas loucos
um abraço pеgajoso aos artistas que metem nojo
dеsistir é que é para doidos
de amores não se mudam
uma mão segura a cabeça no vapor da nuvem
para que eu possa dançar com alguém na minha altura
sem olhar para baixo
endireitar a coluna
ainda me lembro quando dizia
trance nunca
mas tudo que se passa no campo suga mais tarde ou mais cedo
[?] cheirar a minha crew
tudo por eles
guardamos a mata enquanto o rap arde à nossa frente
com sucesso
até chega a ser bonito
porque disseste que todo o meu pânico era sem motivo
não estou a brincar
mc’s do caralho
deviam ajudar o people em vez de atacar
é sagrado irem tapar essas caras cansadas
não ter visuais e trabalhar na imagem
que vida secante
um dia sem net e a vossa festa acaba
se o pai tira o brinquedo
digam lá quantos é que gravavam
[?] paro e grito “cuidado!”
em sítios aleatórios onde sei que não pode acontecer nada
cheio de comichão
já só quero água
para não beber da taça
os deuses afastam~se
dei por minha conta a rastejar no teto estrelado
um bocado suado, mas descalço
[?]
demasiado pequeno para levar com isto
também não o quero para ti
mas carrega só este bocado até ao fim
[verso 2: joão pestana]
até ao…
vesti o melhor colete para a festa do salão
onde a bebida é à pala
mas a presença não
as paredes têm demasiada insonorização
nem consigo ouvir a minha canção
o pessoal anda maluco como [?] em [?]
distribuídos pelo staff
tomam contas dos meninos
conheço o dono disto
até éramos amigos
abusei da confiança, acabaram~se os caprichos
o dj é uma merda
não recomendo que ouças
passa rimas tão batidas
que o [?] passar de bocas
mas nesta multidão, demasiada gente louca
forçam~me a dançar até perder tantas coisas
forte forca
[?] o colete era de forças
a pista, o consultório
restrito, [?] sanatório
deixem~me prestar~vos tributo neles
[?] simplório
e assim faço a dança e o [?]
há sempre [?] a sair~me da boca do [?]
[?] pelos anos e pela terapia experimental
[?] é um pau na boca
trinca agora vamos ver se a loucura fica
sente o choque, sente o [?]
sente a apatia neural
se tiveres sorte há muitos mais
para quem o vazio é tão mais forte
mas [?] em condição
a festa nunca acaba no salão
há sempre novos convidados a entrar pelo portão
mas a saída é bloqueada pelo acumular de lajes de betão
arranha as paredes
mas que merda é esta
observa à tua volta, ninguém gosta da festa
[?] em dias, outra há anos em sesta
uns falam com o além outros com o aquém na própria testa
ninguém contesta
eu não sei o que fiz para ‘tar aqui
mal entendido sempre fui um pouco
agora louco ou sai da confusão
marado ou crio atrito
ainda por cima [?] vozes concordam comigo
os vultos falam de si
o meu reflexo é meu amigo
salão é o abrigo
sou ganda maluco
mas haja saúde
isto é partir em consultório
a curar mais um


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