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lirik lagu gac – vozes na luta – aos soldados e marinheiros

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[letra de “aos soldados e marinheiros”]

[narração: josé mário branco]
meu camarada soldado, camarada marinheiro, nem que me deem mil anos de penas e cativeiro, quero falar~te sem medo, falar~te do coração, quero falar~te de frente e dar~te a minha opinião
não há gente deste mundo que não lute pela vida, por mais que seja roubada, por mais que seja oprimida. tu, que ajudas a acabar com o fascismo em portugal, pensa nos quinhentos anos de opressão colonial. colonialismo e fascismo são como a cara e a coroa da mesma moeda dе oiro que enche os bancos еm lisboa
esse oiro é suor roubado aos teus pais, filhos e manos, mas é também suor dos teus irmãos africanos
meu camarada soldado, camarada marinheiro, nem que me deem mil anos de penas e cativeiro, quero dizer~te o que penso, dar~te a minha opinião, falar~te do pensamento e também do coração

tenta agora imaginar, que em tempos que já lá vão
chegavam uns estrangeiros à tua povoação
os teus avós recuados, sem ódio no pensamento
eram logo.. escravizados, com todo aquele armamento
invadiam tua casa, sentados na cozinha
e olhavam~te, dizendo: “esta casa agora é minha”
e não contentes com isso punham~te ferros nos pés
obrigando~te ao trabalho, contra ventos e marés
no campo que dava o pão, obrigavam~te a cavar
cinco colheitas por ano, para cinco vezes te roubar
na horta do teu vizinho, abriam minas no chão
no ramo em que vais aos ninhos, enforcavam teu irmão
meninos da tua terra na rua, a pedir esmola
e o menino do estrangeiro vai de carro para a escola
não te deixassem folgar, nem cantar na tua língua
sempre, sempre a trabalhar, para viveres sempre à mingua
tentando erguer a cabeça contra a opressão e da má sorte
quinhentos anos de luta, quinhentos anos de morte
imagina, meu amigo, que era assim na tua aldeia
quinhentos anos a fio, mete~os bem na tua ideia
meu camarada soldado, camarada marinheiro, nem que me deem mil anos de penas e cativeiro, hei de dizer~te a verdade que trago no coração, não devemos esconder os crimes da opressão. a opressão de que eu falo, chama~se colonial, é a mesma mas mais forte que a que existe em portugal. os livros da nossa escola sempre esconderam a cara, só nos mostravam a coroa desta moeda roubada, monopólios e banqueiros, em áfrica como aqui, quanto mais exploram lá, mais força têm contra ti! se o fascismo foi abaixo, esses ladrões ainda não, nossos irmãos africanos estão a dar essa lição

meu camarada soldado, camarada marinheiro, nem que me deem mil anos de penas e cativeiro, estou a dizer a verdade que está no peito a estalar ~ não devemos ir à guerra, não devemos embarcar! e os milhares de desertores que abandonaram a terra, não são medrosos e traidores por recusarem a guerra, porque a nossa guerra é outra, é a guerra contra o fascismo, guerra contra a exploração e contra o capitalismo!
seja qual for sua cor, seja qual for a nação, em cada trabalhador devemos ver um irmão, e se formos para a frente todos juntos, de mãos dadas, já seremos cara e coroa, com a vitória apostada

meu camarada soldado, camarada marinheiro, nem que me deem mil anos de penas e cativeiro, falei~te com sentimento, mas também com a razão, e não há força no mundo que quebre a nossa união!


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