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lirik lagu francis pierre – kafka

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[letra de “kafka”]

[verso 1]
complicado, comunico em código em morse
pego em kafka e entro em metamorfose
não procuro o encontro com o divino
a vida é um processo é um caminho
sou marginal com orgulho
é oportuno informar que não faço poesia pra consumo
se for preciso, não como, não durmo
eu não ascendo a professor eu mantenho~me aluno
procuro no radicalismo a moderação
na literatura o remedio para a solidão
e eu não posso não, dar a mão à razão
vi socrates em platão e nasci p’ra reflexão
boquiaberto fico, estarrecido, lisboa é um porto d’abrigo
há divisões sem sentido
e eu nunca quis separar troncos que vem da mesma raiz
quis sеr um luís pacheco, um alberto pimenta
criativo é tão bom sê~lo, surrеal é imaginar~me a viajar no tempo
e fazer parte do grupo do gelo, discussões
pensamentos, reflexões, medito
ponto d´honra era tornar~me um poeta maldito
olho para o espelho e sem temor nenhum
com amor eu valorizo, este és tu
[refrão]
nem a fome nem a sede, vão mudar o que sou
mesmo preso nesta rede, eu sei para onde vou
entre a espada e a parede, passo em frente
eu dou a confiança em quem eu sou, eu vivo no flow

[bridge]
não queiras estar falsamente edificado
só porque tu foste pobremente nidificado
sê tu próprio, não fiques amedrontado
e se o ar ficar pesado, mata a fome, mata a sede
e vive um bom bocado

[refrão]
nem a fome nem a sede, vão mudar o que sou
mesmo preso nesta rede, eu sei para onde vou
entre a espada e a parede, passo em frente
eu dou a confiança em quem eu sou, eu vivo no flow

[verso 2]
pesada letargia que me levou à alegria
nem as lagrimas poderão lavar a minha letargia
o corpo rijo ficou, caído ele perdeu a cor
até a temperatura desceu ma letargia do amor
nem morto, nem vivo, nem espelho, nem reflexo
nem ternura, nem s~xo, o toque ficou ele cativo
a morte anda por perto, sussurrou~me ao ouvido
que a letargia é duradoura quando o ódio foi reprimido
porra da pulsão da morte, esse antídoto do prazer
os estragos que essa besta fará, eu nem consigo prever
acho que prefiro nem pensar, anda, vem me anestesiar
minha pesada letargia, que preço me farás tu pagar?
eu começo a duvidar que o teu preço seja o justo
não estou disposto a todo custo a conceder~te o meu lugar
pregaste~me um valente susto, olha que por pouco eu não caia
mas de mim não levas nem mais um tosto
minha querida e minha pesada letargia


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