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lirik lagu ferry – quem sou

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[letra de “quem sou”]

[verso 1]
estou perdido na imensa luz da cidade
da classe média ao luxo ao bairro degradado
é tanta volta que eu já me acostumei a dar
que eu nunca sei a quantas ando quando estou parado
e se eu estou pragado…não é á toa
foi porque gastei tudo pela noite de lisboa
em vodka, em droga, guita que deixei na porta
um copo no europa…boy ganda broa
foda~se, quando é que esta alta acaba?
parece estranho mas eu quero estar de ressaca
a dizer que nunca mais, que assim gasto muita paca
semana seguinte vês~me batido no after
olha a chavala, eu quero abordá~la
com uma cabeça tão grande que a boca já nem fala
e a minha namorada, sempre preocupada
hoje pensa que estou em casa a cubá~la, porra pára

[refrão]
paca gasta, farra, estala
alta padrada, cara cerrada
garrafa de água a ver se hidrata
e quando passa, olá ressaca
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu nem sei onde estou, eu nem sei quem sou
[verso 2]
estou perdido no imenso escuro deste bairro
birra na mão enquanto fumo o meu cigarro
sem pensar no futuro, no muro encostado
a ouvir techno num samsung que foi roubado
a ver o people andar, bazar para qualquer lado
a ver a vida passar sem estar preocupado
não páro de pensar em ficar orientado
porque estou mais que farto deste meu bolso furado
ando desempregado já há uma eternidade
e o dinheiro não deixou de ser necessidade
e eu não quero começar a ver sol aos quadrados
mas ponho o capuz na cabeça, yo actividade
outra fezada, camisola do barça
uso roupa espigada que toda a gente tem em casa
e a minha namorada, sempre preocupada
hoje pensa que estou em casa a cubá~la, porra pára

[refrão]
prepara a arma, saca a faca
agarra a paca, dá fuga para casa
faz a mala, abala, calma
guarda de farda, ala, jaula
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu nem sei onde estou, eu nem sei quem sou
[verso 3]
estou perdido nesta densa luz do meu carro
a 120 eu conduzo despreocupado
não vou dizer que não bebi lá no bairro alto
mas tasse bem boy, eu estou fixe, eu estou à vontade
tenho o pé pesado, curto velocidade
mas conduzo para caralho, tudo controlado
conheço esta cidade como a minha mão
e já há bué que tenho carta de condução
circulação…típica da tuga
licor de uva, visão turva mas conheço cada curva
o meu telemóvel vibra, meto a mão no porta luvas
direcção é assistida mas não à prova de chuva
olha para a estrada, está toda molhada
deslizo na curva e vou contra a calçada
e a minha namorada, que estava aqui sentada
acabou de sair daqui projectada, porra pára

[pré~refrão]
faz a carta e compra um carro para
andar na estrada a dar para monarca
bate na calçada e vai para o hospital na
maca e da maca passa para vala
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu nem sei onde estou…eu nem sei quem sou
[refrão]
paca gasta, saca a faca
anda na estrada a dar para monarca
farra, estala, agarra a paca
maca e da maca passa para a vala
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu não sei donde vim e eu não sei onde vou
eu nem sei onde estou…eu nem sei quem sou


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