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lirik lagu ethos (prt) – santana

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[verso 1]
gira o mic que eu tenho flows pr~ntos a dar de fuga
parte de uma veia mestre onde só passa arte pura
desde puto a ouvir dizer que o que arde cura
boia dura, mais um whisky, já sei para onde o barco ruma
mais uma jam e eu vou ao leme, só com o meu eco tremes
tou na descontra com o meu beque o teu mal é que queres
a ilusão da aprovação para ver se o ego cresce
wack mexe~te senão fica em terra a folhar malmequeres
tou resoluto que ninguém me para
astuto preparo a cama que a minha queda ampara
só venho colher o meu fruto e tu a rogar praga
vira a cara, trago peso bruto não vens tirar tara
eu falo sem censuras, boy tu fazes parte
dos cem penduras que só apoiam quando o ás me bate
dou gás até ao enfarte, sem receio fugaz ataco
porque o beat é o meu recreio e não vês sofás no parque
a minha mão não desenha uma letra em vão
cada som que sai é podado como um bonsai
com o pé no chão são que o caminho é grão a grão
tiro uma lição de todo o sítio onde caio
tá na minha hora boy vês que não é de agora
embora a demora a expôr aquilo que faço há anos
o que outrora era uma troça a rimar noites fora
numa roda vi a rota e virou foco dos meus planos
[scratch]

[verso 2]
e se a rotura é dura até à sepultura a jura
é que não caio na amargura de olhar para trás
no futuro e a fatura na moldura ser a tortura
do que podia ter sido se bulisse mais
caneta traz paz e a tinta nunca finda
capeta atrás traste venham trinta eu faço a finta
o que esta alma cria a cada dia boy chamas magia
é sinergia, fica tudo a gritar mamma mia
eu digo vóila e o teu queixo cai
tou a ver um feixe pai o meu caminho não deixo mais
é quando o desleixo trai que quem vai no eixo cai
o peixe sai todo da rede quando a enches demais
só tou a tentar seguir o meu sonho
porque ser escravo toda a vida para mim é medonho
do que me vale focar na guita, sucumbir a um sina
e acabar todo fudido afogado em medronho?
bem fiel aquilo que sou a bulir fora de horas, logo notas
quando me vês a extrair obras do meu bloco de notas
linhas mortas dou~lhes vida quando imitas mostras
que abortas quando fecham, f~ck it, eu rebento portas
poeta na era do
“quem me dera ser quem não sou e para onde vou lidera
a minha vida é uma merda a dos outros enerva
até tenho boa aparência o cérebro não interessa”
à minha volta alienados, entubados
curvados a gostos de outros vistos por um ecrã
vão se moldando prioridades, identidades
e quando acordam para a vida venha o diazepam
quero ter a mente sã, cortesã, fora o drama
fico contente com um quinto do que para ti é lama
a ver o pôr do sol do recinto com a dama
na companhia de um bom tinto a ouvir santana


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