lirik lagu dow raiz – adora funk
[intro – scratches]
saca só, sem vacilar, preste atenção (males)
ops, ops, ops, vish, vish! espera lá (males)
tá ligado, tá ligado… tá ligado no que eu digo
quem? quem? quem? quem? quem? (eu?)
é, você
[verso 1]
adora funk, mas odeia quem é favela
sua cegueira transformou sua mente numa cela
hmm, de gente -ssim o que espera?
melh-r-, por favor, melh-r-, por favor
fã de black, mas quando vê preto esconde a bolsa
acostumado que três preto junto é onde tem boca (ouça)
problema nunca foi cl-sse nem cor
liberdade é cada um ter seu devido valor
odeia os black, dread, ama ragga
odeio nordestino e ama os forró do gonzaga
no swing do batuque quebra o piso de casa (hey)
sabe de cor racionais, mas não entende o que eles fala
curte soul funk, brooklyn, não brisa em novela
por que que eu não falei com ela?
a coisa mais ridícula é se achar o melhor da esfera
pé no chão, por favor, pé no chão
[refrão + scratches]
adora funk, mas odeia quem é favela
como é que pode
adora funk, mas odeia quem é favela
aí não tem jeito
adora funk, mas odeia quem é favela
com moral, -n-lisando um contexto geral
adora funk, mas odeia quem é favela
para alguns pode até parecer normal
[verso 2]
ei, pegada pique tupac shakur
com marra hippie, janes joplin
vai lá pra trás e faça uma tour
veja influência que faz você ser você ser você do início ao fim
odeia dread, odeia rasta, mas ama reggae
meu jah afasta, não p-ssa pano, o pano rasga
em terra de artista o cérebro é um “revorve”
não vem pagar de louco achando que os problema “resorve”
adora funk, mas odeia os chavão
ela adora criolo, mas detesta tudo os rapão
sem razão todo mundo briga em falta que falta pão
brasil é ringue, canil de pitbull com tubarão
[interlúdio]
– fala
– então, qual que é o jet de hoje?
– então, eu tô aqui numa quebrada. tá rolando um rap aqui, um churrasco…
– na quebrada? fechou, vou encostar!
– ah, demorô. cê tem coragem?
– tá tranquilo. tô encostando, fechou?
– ah, então cola! te espero então…
[verso 3]
não aguento racismo, odeio preconceito
é visível que é escondido em algum lugar do peito
“hum, vitimismo é crime”
ouve qualquer preto, vai ver se não daria um filme
sentido a minha quebrada pra não vê “miaral”
aonde há tumulto há treta, muito sol dá temporal
me olhou torto como se eu desse ideia torta
quantas pessoas vivas vivendo com a alma morta, vrau
(lembre das raízes, antes de julgar, a si mesmo eduque)
-ssume que se sente bem no som do batuque
melh-r-, por favor, melh-r-, por favor
pois verdade e caráter nunca teve a ver com cor
[refrão + scratches]
adora funk, mas odeia quem é favela
é uma viagem
adora funk, mas odeia quem é favela
vish, vish, espera lá
adora funk, mas odeia quem é favela
essa é pra você
adora funk, mas odeia quem é favela
é, você, você
adora funk, mas odeia quem é favela
é difícil
adora funk, mas odeia quem é favela
melh-r- por favor, por favor, por favor
quem é favela, favela
uma piadinha aqui, outra lá
mas respeito é pra quem tem, e esse vem em primeiro lugar
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