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lirik lagu deau – casulo

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[letra de “casulo”]

[refrão]
estou nesse casulo que me isola do mundo
o meu dia precisa da tua cor

[verso 1]
um dia vais acordar a meio do efeito da anestesia
olhar à volta e pedir para pararem com a cirurgia
e mesmo que alguém te diga “é tarde para voltar atrás”
grita: eu cada vez cedo menos a esse tarde de mais!
é quando tu te deixas domar que tu te deixas de amar
o tempo sente~se a encolher, e a gente senta~se a encalhar
razões para não se colher o que se escolher
porque se calhar, podem nunca vir a brotar
os frutos que a gente plantar
quem procura sempre o horizonte
nunca o encontra, porque ele é do contra
e afasta~se a cada passo dado
eu sei, dá trabalho, mas opção não tenho outra
que não seja replicar o que se procura
no sítio em que se está parado
para assim, se conseguir sentir
que se vê onde se quer estar
e que se está onde se quer ir
falhar é importante no processo de evoluir
e para vingar basta levantar uma vez a mais
do que aquelas que se cair
às vezes o dia adia~me o carpe diem
perdido e nada guia~me a bom porto para largar a âncora
às vezes o destino é tirano, afasta e tira~me a forma de fazer sorrir
quem chora comigo e sangra
[refrão]
amor, estou nesse casulo que me isola do mundo
o meu dia precisa da tua cor, e muito
amor, estou nesse casulo que me isola do mundo
o meu dia precisa da tua cor, e muito

[verso 2]
vou continuando às voltas neste carrossel
sem saber onde ou quando é que ele vai parar
trago um jardim de emoções à flor da pele
e dentro dos meus olhos o sabor do mar
rostos e coroas no fundo dos poços da minha cara
distingo os desejos de quem passa
dos de quem tenha a posse da água
e algures no deserto, entre o que fujo e o que quero
há sempre um azar que encontro
que se torna na sorte que nunca espero
registo os gestos pouco justos
onde leio o aleive, olhares castos têm muitos custos
caso a lei aleije, não há gastos com desgostos ocos
quando derramo leite, vivo para deixar algo digno aos outros
enquanto eu rumo ao leito, deixa doer o que há de ir
até já não fazer falta
que assim talvez haja, quem vire o vazio que tens na alma
nem sempre o que morde o anzol
preso às linhas da tua palma
acalma a fome que ainda come
na mesa da tua sala


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