lirik lagu capicua – parto sem dor
[refrão]
agora eu vou~me embora e, embora
a dor não queira ir já embora
agora eu vou~me embora e parto sem dor
e parto dentro de momentos
apesar de haver momentos
em que dentro a dor não parte sem dor
agora eu vou~me embora e, embora
a dor não queira ir já embora
agora eu vou~me embora e parto sem dor
e parto dentro de momentos
apesar de haver momentos
em que dentro a dor não parte sem dor
[verso 1]
como a cobra que muda de pele
como a crisálida voa no céu
como a lua que leva a maré
como a menina que acorda mulher
dente de leite, cabelo branco
primeiro filho, o riso e o pranto
prazer e dor, amor maior
estrias e lágrimas, sangue e suor
como a massa do pão de amanhã
como a candura da luz da manhã
como um ovo que estala por dentro
como a ruga que nasce do tempo
eu sou a s~m~nte, eu tenho a s~m~nte
eu passo a s~m~nte, eu cresço e rebento
na criação da criação
eu crio um poema, mais um coração
como daninha que rasga alcatrão
como a força nos ergue do chão
como a chuva que cai no deserto
como o leite que nasce do peito
geradas por nossas avós
por nossas mães, por nossa voz
feitas por nós, próprias, só p’ra nós
próximas e sós
criadas por nossas barrigas
pelas entranhas e pelas feridas
cheias, vazias, as crias, a vida
mais que perfeita e mais primitiva
como a pérola nasce da ostra
de mim nasce outra matriosca
como a pérola nasce da ostra
de mim nasce outra matriosca
[refrão]
agora eu vou~me embora e, embora
a dor não queira ir já embora
agora eu vou~me embora e parto sem dor
e parto dentro de momentos
apesar de haver momentos
em que dentro a dor não parte sem dor
agora eu vou~me embora e, embora
a dor não queira ir já embora
agora eu vou~me embora e parto sem dor
e parto dentro de momentos
apesar de haver momentos
em que dentro a dor não parte sem dor
[verso 2]
como a cobra que muda de pele
como a crisálida voa no céu
como a lua que leva a maré
como a menina que acorda mulher
como a massa do pão de amanhã
como a candura da luz da manhã
como um ovo que estala por dentro
como a ruga que nasce do tempo
como daninha que rasga alcatrão
como a força nos ergue do chão
como a chuva que cai no deserto
como o leite que nasce do peito
como a pérola nasce da ostra
de mim nasce outra matriosca
como a pérola nasce da ostra
de mim nasce outra matriosca
[instrumental]
[outro]
geradas por nossas avós
por nossas mães, por nossa voz
feitas por nós, próprias, só p’ra nós
próximas e sós
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