lirik lagu zabú - eu vou
suor na cara em mais um dia quente
não vou ser escravo por ser descendente
sem antecedentes
sem andar pendente
sem nenhum pertence
nem armas nem pentes
vi o mal de perto
guerra é pra quem lucra
quem nasce no luto
é filho da luta
nós já tá cascudo
deus é o caçula
íntimo da rua
vi que o tempo ecoa
antigos amigos, hoje só pessoas
fiz bares d abrigo quase a vida toda
sentimentos e sensações vem à tona
raiva e revolta nunca vem atoa
mano tão bolado que nem bala tomba
fazendo hora extra pra soma nas compras
no final das contas só tem os das contas
deixa as drogas brancas só para gente branca
polícia distancia
segurança é minha mãe no terço
reza porque sabe que tem filho preto
não fizer metade ainda acabo preso
por aqui vendem alma por todo preço
nossa sorte é tá vivo e quase ileso
nossa lei é respeito e mulher primeiro
nossa meta é calar a boca com dinheiro
nosso sonho é tudo nós tem direito
e eu vou
onde as ruas daqui deixarem
correr muito até me deitarem
permitindo que apenas os outros falhem
sei de coisas que só quem é de lá sabe
e eu vou
onde as ruas daqui deixarem
correr muito até me deitarem
permitindo que apenas os outros falhem
sei de coisas que só quem é de lá sabe
no amor e na marra
favela sem morro
interior
planície
poeta sem topo
outro um dia cinza
e eu colori de novo
o iluminado do fundo do poço
mas se póco na rima ainda vai ser pouco
olhando pro chão pra pular mais um corpo
mais um show
a sós com meu bloco
definitivamente hip hop
vou cantar minha essência antes que roubem
amo essas linhas, mas elas me fodem
muita coisa é jeito, mas tem que ser forte
é igual com a mina, me cospe me engole
quanto mais eu como mais eu tenho fome
a barriga ronca mermo se não dorme
tomei decisões que me fizeram homem
foi no desespero de ainda morrer jovem
do centro a penha
pecuária ao jockey
de guarus a goytacazes
ouçam nossas vozes
inferno do norte
sem paz
nem suporte
sem grana
nem dote
preto george floyd
não, não me sufoque
milagres no note
br
num fode
pelas áreas onde cê é bem vindo ou volte
conheci manos mais perigosos que a morte
e eu vou
onde as ruas daqui deixarem
correr muito até me deitarem
permitindo que apenas os outros falhem
sei de coisas que só quem é de lá sabe
e eu vou
onde as ruas daqui deixarem
correr muito até me deitarem
permitindo que apenas os outros falhem
sei de coisas que só quem é de lá sabe
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