lirik lagu woner - varicocelo
[refrão]
dois como a vida
espinhos de rosa negra
faca em cima da mesa
decora-me com os dedos
cospe-me com os meus medos
e voa borboleta
tu és cor de vinho e é por isso que eu te bebo
[verso 1]
dois como agulhas no abdómen
faca gelada pela língua
nada no meu coração de merda
cada batimento doi no baixo ventre
sangue verte no penso
eu já não sei o que penso
eu sei que estou podre por dentro
por isso é que estou deitado na cama
enquanto me perco
por isso é que me perco na cama
enquanto vomito
e sabe a exagero
levantava-me mas a dor pesa imenso
tento contemplar a tua existência
suplementar [?]
viver para te dar vida
mas não consigo nem quero
deixar de viver sem viver
adora a forma não subtil
como me fazes doer
rompo o ar mata o s-xo
dá-me um soco bem potente
faz-me um ser imundo vil e agradecer por isso
solta um sopro ao incógnito
faz com que volte o vómito
atira-me ao desespero só para sonhar contigo
[refrão]
dois como a vida
espinhos de rosa negra
faca em cima da mesa
decora-me com os dedos
cospe-me com os meus medos
e voa borboleta
tu és cor de vinho e é por isso que eu te bebo
dois como a vida
espinhos de rosa negra
faca em cima da mesa
decora-me com os dedos
cospe-me com os meus medos
e voa borboleta
tu és cor de vinho e é por isso que eu te bebo
[verso 2]
mas não me esqueço sempre
não sinto nada
não percebo o que tenho à frente
visão desfocada
não sinto a dor
preciso de sentir algo
não vale a pena estar bem
se não a ‘tiver ao meu lado
tonto, caminho quarto tonto
abro [?] de algo pr-nto
a ser tomado antes de caír no vácuo
engulo o orgulho com vinho e comprimidos
preciso de ajuda
mas merda alguém beba o veneno de que de mim jorra
para que eu possa largar tudo e ser boa pessoa
mas bebam até a ultima gota para que não reste nada
e eu não tenha mais desculpas
desculpa
a depressão volta faca afiada
cor vermelha nos lençóis da cama
cor vermelha no nariz e na boca
riscos de cor branca em cima da mesa
não tenho a certeza se a minha carne presta
corta-me dentro estou preso na teia
lambe o encarnado [?] doença
podre centopeia
porque tu
[refrão]
dois como a vida
espinhos de rosa negra
faca em cima da mesa
decora-me com os dedos
cospe-me com os meus medos
e voa borboleta
tu és cor de vinho e é por isso que eu me esqueço
esqueço de mim próprio
cospe-me com os meus medos
e voa borboleta
tu és cor de vinho e é por isso que eu te bebo
dois como a vida
espinhos de rosa negra
faca em cima da mesa
decora-me com os dedos
cospe-me com os meus medos e voa borboleta
tu és cor de vinho e é por isso que eu me esqueço
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