
lirik lagu uzzy, qvxno, guima, vieitos & each1 - pelo norte #1
uzzy:
‘tou pelo norte, hoje já fiz mais de mil e tal quilômetros
só de ponta a ponta, tipo a tua b~tch a pôr~te os cornos
giro tanto, não ‘tou tonto, nem vão lá com descontos
me’mo perdendo a partida vão levar todos os pontos
na cabeça, boy, eu pus~te a bater crânio, tu nem pensas
o teu cérebro é reduzido a reproduzir outros gangsters
sem ofensas mas eu trago desavenças
veio~te a falar de bago mas és papagaio gago com doenças
quem atura a futura cultura tuga a darem não?
se a princesa que jura faz o me’mo que o sá leão
calma então, mas qual rap ou cultura? tu calma irmão
se quase já nem tamos tugas c’os manhés que p’aqui estão
tá fodido b, sistema é cínico
vira o disco e toca o me’mo, políticos aqui jogam frizbee
salario mínimo, nem paga a consoada, assunto é ínitimo
ninguém sofre com bacalhau desde que cristina lançou o pipy
qvxno:
tu não passas de comédia, quanto só passas cobiça
e eu rimo acima da media, mesmo por baixo do visa
não venhas dar matéria quando só materializas
um gajo encurta~te a rédea caso tu não curtas a minha
quitado a debitar titânio, tinta pinga ate pintar
o uzzy disse pa’ bater crânio, pôr o tímpano a tilintar
caneta é química, é típico não dar para tipificar
minha lírica é vício tipo aquilo que tu ‘tás a snifar
eu fiz cá teto das dobras, ninguém me pitágora
minha língua é da sogra, um gajo só pica a nora
‘tou atrás do sol, farto de viver na sombra
e quando eu voltar é para limpar o teu recinto sem vassoura
(sai da frente)
parto~te as canetas, só cá vim dar uma perna
tu pareces maneta a escrever com os cotovelos
eu abro~te a cabeça se quiseres apanhar pedras
tal como a berma, ‘tou pr~nto para “quebrar gelo”
guima:
pelo norte, postura de ataque desde o time desses visigodos
cultura é sotaque, gritam claques, muito giz e blocos
super homem cá, alimentados, chumbam super bocks
sempre em modo sport, sem comforts
se entro a pés juntos, é pa’ entrar com o pé direito
justiça à porto quando é pa’ fazer direito
o meu consumo é porto fresco, bom tanino e acidez
mira o que o teu camba lê, nem com vinho eu cambaleio
guima.. do alto da torre, visões diárias
‘tou á procura do golo, um nove, visões de áreas
sem esqueletos no armário, vigários, já ghostwriters
só quando encarno diabos é que eu abraço fantasmas
aqui é tudo válido, pra muitos já não vale iva
a zona norte, roka forte, busca ao capital limpo
resell é moda italy, mas eu só penso em (in)vestir
o que eles dizem não se escreve e o que eu rimo não ‘tá escrito
vieitos:
com a pupila da retina dilatada
cá pra mim não foi propina, foi pra pina lá deitada
não aguentou e foi pa’ prima, então deixa que o primo mata
a escrita é obra prima que oprime a cabeça do primata
prime o gatilho é só “pa pa pa”, no pescoço é só prata pá
desculpas pa atacar ou pa’tapar, para pá
todos fazem guita da placa pa’ fugir do placard
vês elas a dar a pata a quem nem se esforça pa’tar
sobe o cîroc, tiros. glock, x9 denunciam logo
tiro a matricula do bote, meto a partícula no pote
meto~te a partir a clavícula, ela gesticula com sorte
enquanto um gajo ejacula, ela já colava recorde
mercedes, modo sport, zona norte, a tua morte pediram
entorno o copo enquanto os fardados subiram
dou um até logo e desde aí nunca mais me viram
avisa a cota o teu filho chegou, nunca mais me tiram
each1:
eu já sei que entre o bem e o mal não há fronteiras concretas
que a concordância e a razão nem sempre são coisas conexas
mas quando uma multidão entende ideias erradas como certas
‘tá a identificar um visionário e não as pessoas que ‘tão cegas
e se nem cabeça tens pa’ conseguir das ouvidos
escrevo metáforas visuais, ativo occipitais sem vídeos
tu desliza o lápis e olha bem pro risco..
‘tamos juntos mas sem contacto, como as camadas grafite
é que se o estado em que estão não bastou pa’ descreres
é porque a historia não está em questão quando escrevo
não é só um extremo que se estende ao distar doutro extremo
enquanto cresço, cresce até quem se absteve (de fazê~lo)
e ao dizer isto englobo tudo aquilo que vos move, que é absurdo
a minha crew ainda se move pela fome, escreve cru
o êxito é turvom não é porque alguém promove que é absoluto
só não é sorte se mais ninguém o consome, exceto tu
“mi nome es césar, vir de romenia, pá, não saber o que dizer, deixar beat para vocês divertie agora, si muito obrigado por assistir, é nós!”
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