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lirik lagu todos os sonhos - a ilusão de slartibartfast

[intro: caio fábio]
deus não existe! porque se deus existisse com a natureza ele não seria deus. um deus existente seria um deus mensurável, um deus constatável, um deus verificável, um deus criatura praticamente. um deus estudável, um deus anatomizável! essa coisa de querer provar a existência de deus é papo para gente muito burra

[estrofe i]
há vеzes que a madrugada arrasa e nada muda
enchе~te de lividez e te arrasta em trevas profundas
da solidez do karma duro tua alma se afunda
numa solidão como armadura contra amargura

só que no fim de tudo estar sozinho é impotente
coração se torna cru, foste adestrado, imprudente
o mal não é astuto, foste educado vilmente
pois humanos são maquiavélicos, vis e impudentes

com sorrisos, lavarintos invisíveis
jogos mentais pesados, e ainda assim insistem
ímpios, o fardo é árduo, e o vínculo impinge em
fingirem, estar no lugar exacto e que também

vão bem. nesse deixa andar claro
que aguentam ao sol, mesmo acostumados ao espectro lunar
e no vai e vem, uma gota sem seu lar
mero rio ou mar, nem mesmo um lago insular

[refrão i]
tu não existes, nem te vou procurar
sei quem sou, mas há muito a desvendar
mísero grão, sou poeira estelar
um mundo sem ti vamos recomeçar
tu não existes, nem te vou procurar
sei quem sou, mas há muito a desvendar
vim do ar para o mar ao luar
um mundo sem ti humanos vão começar

[estrofe ii]
da busca por sentido onde o medo faz festa
emerge o desconhecido, o gatilho para essas crenças
um delírio conjunto que de fé cega se alimenta
só minha avó tem mais amor que esse acróstico à quem ela reza

apega~te, só o material em vida faz sentido
o embate é contra o físico, bioquímico é senti~lo
desapega~te, espiritual é o ente adormecido
e venera~lo é o mito que te tem entorpecido

pela progénie traficada e assassinada no atlântico
não serei só mais um incauto nesse conto do vigário
do cativeiro a liberdade assistiu de braços cruzados
cansei~me de ser tolerante, morreu por mim ao caralho

apenas conto comigo quando bate a tempestade
temo morte nenhuma, quando me for só haverá paz
o esquecimento é inevitável, não existe eternidade
uma vida para cada um, e deus já teve a sua antes
[refrão ii]
tu não existes, nem te vou procurar
sei quem sou, mas há muito a desvendar
mísero grão, sou poeira estelar
um mundo sem ti vamos recomeçar

tu não existes, nem te vou procurar
sei quem sou, mas há muito a desvendar
vim do ar para o mar ao luar
um mundo sem ti humanos vão começar

- lirik lagu todos os sonhos

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