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lirik lagu tk (prt) - cypher trap

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[intro: tk]
dentro da cultura pa’ quem te apareça
tás à altura da minha cabeça
acima das nuvens, de baixo da terra
faço com que aconteça [?]
concerto marcado, és marcado com o valor do mercado
se fores atrás do teu dom
nem o mau olhado te larga o olho
e torna~se bom pa’ ficar do teu lado

[verso 1: each1]
não andamos a brincar só viemos pa’ dar música
e mesmo sem ganhar nunca perdemos o interesse
que se foda se eu não te apareço na coluna
porque numa questão de tempo vais ter um graff na parede
represento a minha crew (amr)
sem te dizer que vais comer com este nome
nunca vai passar a fome
cuspo tanto que nunca vai parar a sede
uma lata na direita na esquerda ‘tá um microfone, não entendes
que a minha cultura dura para sempre
não há cura desde da altura em que era adolescente
ninguém nos segura, seja moina ou suga, é indiferente
porque em suma a gente assume uma postura intransigente
continuamos na censura do que fura o movimento
sem fazer essa figura mano pura e simplesmente
não andamos à pendura, aqui perdura o sentimento
nem que fique na secura nada muda o pensamento
[verso 2: kensis clay]
dá me o que eu quero, que eu agora já não espero
já não paro motherf~cker, eu passo bem
é uma cena diferente quando ataca de frente
[m~th~f~cker[?] ?]
com ou sem ajuda ‘tou calmo tipo buddha
no palco tipo bulha
agora eu passo sem
a tua esmola mano, pontimola [?]
[?] é um assalto, dá um salto e nada
tou num barco da maneira que isto tomba
a fugir da [soma?] que ela quer uns trocos
encara o cara a cara, a tua cara não é cara
não és o cara então para ou pára
esqueci~me do acento, tou de carro e tu de bike
[?] certo tipo nike
b~tch just do it, b~tch just do it
eu só peço um verso mais raw mas duvido

[verso 3: d~uz]
toca à campainha (ding dong)
a cultura tá na casa desde os ringtones
onde o b~boy tem asas como o redbull
os pratos que ‘tão na casa são memo old school
mc de free flow como as [assinaturas?] daquele cap novo
porque alguém evocou uma lavagem cerebral
o dj mal existe, o mc bate mal
o graffiti lá ficou respeitado num vitral
o b~boy só faz lock com um pop comercial
dizes diferente boy eu digo igual
só que de repente hoje estás no jornal
boy tu queres falar do quê?
do que ouves no pc e nem sabes bem porquê
podiam falar bem mas só mostram mal
respeita a cultura porque ‘tamos em portugal
[verso 4: jukadaz]
regada como poesia, brinda com saliva
com saúde e alegria sem cresce e cria
ramificações consoante as estações
provocando as sensações por vezes doentias
umas folhas aguentam o ano todo
outras caem logo no outono
sua fama espalhou~se pelo mundo
muitos lhe fazem culto e comem dos seus frutos
prefiro as raízes [?]
até onde eu possa sentir o seu pulso
[?] é cada beat [?] da cultura então abrimos~te o livro
põe a mão sobre a mesma, faz um juramento
e continua a escrevê~lo não quebres a corrente
acrescenta o teu ponto sem ser [?]
porque a nossa cultura é o que vês na realidade

[verso 5: xoto]
eu continuo [a ouvir?] hiphop com dois hs grandes
nem que cantasse em cima dum beat de trance
o love que eu sinto por esta cultura
há de fazer com que a cultura me ame
não confundas ‘tar parado com parar
nem vale a pena eu ‘tar a comparar mas
uma quadra minha vale uma carreira inteira desse player
que tu tens andado a idolatrar, mano
eu continuo [a ouvir?] hiphop com dois hs grandes
nem que cantasse em cima dum beat de trance
o love que eu sinto por esta cultura
há de fazer com que a cultura me ame
não confundas ‘tar parado com parar
nem vale a pena eu ‘tar a comparar mas
uma quadra minha vale uma carreira inteira
desse player que tu tens andado a idolatrar mano
[verso 6: tilt]
isto é um e [colo~me] a fundo
isto é fórmula 1 a passar por ti
depois de ómega, bem depois do final
és família real nas mãos do rasputin
direitinho ao vale, eu faço um hino ao mal
um mundano neste mundinho oval
eu tentei caçá~lo, não digas que evitei chavalo
é que eu ‘tou vivo e ainda não injetei cavalo
o inferno desce à terra e com ela lavrada a colheita duplique
sujo como a seita no beat
caçadeira na boca no pique da carreira
morte ao doutor e um cafrique na parteira
uma corda ao pescoço e um bico na cadeira
tudo pela amizade, rappares mais que um gajo
só se for em quantidade

[verso 7: trip]
sem cerimónias, ‘tou aos pés do mestre
a cuspir mais umas barras em tempo de seca
nesta cultura que nunca virou as costas
a quem mesmo sem rimar acorda, come e dorme nela
checka pa’ quem faz novelas pa’ miúdos
isto não é brincadeira, rap é compromisso puto
tu não confundas amor com orgulho
quando digo que ‘tamos todos
‘tamos mesmo todos juntos
todos juntos a dar voz ao silêncio
das bocas uns dos outros quando o sufoco mata
todos juntos a fazer porque é verdade
longe dos holofotes e das câmaras apontadas
percebes, a conversa é óbvia
isto não dá paca, a conversa é outra
não parasitem o artista faz de conta
se tu és hip~hop respeita e pr~nto mano

[verso 8: johny gumble]
a nossa cultura do berço
se há sepultura meto~me com gente do meu tamanho
desde a vossa estrutura
sou de uma gera com sk!ll que a vossa procura
quem ‘tá comigo na vossa segura
confiança no beat é a vossa tortura
é a nossa cultura é a nossa cultura
de gente que emigra é a moça p’o tuga
não é só na obra que há massa à mistura
porque há paredes que a broca não fura
nem em andaimes tu ‘tás à altura
nunca foi mole ter moca da dura
eles ardem por dentro, olha a queimadura
bacanos sem história na escola maduram
um gajo é saudável, só coca natura
diferença é que aprendo quando um cota matura

[verso 9: chek]
insanos, sempre em grande
somos pesados de mais pa’ que o vento nos leve
os mesmos dantes a picar~te o sangue
porque o estilo é bicudo como o lettering do deks
o feeling é tudo, nós só de passagem
a destruir a paisagem com tags a fat
faço p’os que fazem sem qualquer mensagem
quanto maior a peça maior o meu ego
a tua tropa ‘tá estrábica de olhar de perto
minha cota só berra que eu pintei o metro
minha crew é clássica tipo tags do asek
cá na nossa terra até a bófia os conhece
não passes por cima que entope~te o cap
és encostado à parede e nem esperamos que seque
amr, 2007, o destino do porto somos nós quem o escreve

[verso 10: groovepunch]
na nossa cultura arte pura tu não esperes menos
rimas acupuntura, agulhas ‘tão a vir pa’ furar dedos
e o que arde cura, rima dura mostra o que nós temos
força bruta é astuta e nós pr~ntos p’a dar aos remos
nós pr~ntos pa’ ‘tar no leme
[?]
e tu vês~me a afundar tipo o scottie pippen
e se vens pa’ julgar isto vai ficar creepy
esta é a nossa cultura, se ‘tás altura keep it real!


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