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lirik lagu the zintress - fardo

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[intro: meraky]
pesa tanto os ombros
o que já não passa de escombros
depois do último sopro
eu só espero receber algum troco
por mais que queira
a poeira não abandona estas [berras?] alheias
muito menos se tu não aceitas

[verso 1: benny b]
fora da metafísica
a metáfora ‘ta cansada de carregar a merda escrita
depois de pensar em palha
acarta com o fardo
a caixa de ritmos sem paragem cardíaca
não penses que dás música ao gato
que tem o fardo apurado
sabes lá tu o que és
estimaste
é uma condição terrestrе em marte
terrеstre ignora
vida é como droga
quero lá saber o que é que te dá moca
mas acabou~se
é a morte, tou stone, zonzo, de voltas ao sol
se não tens, acabou~se
a sorte arrota karma
e que calha a todos
nesta foda tântrica
ter nascido não me fez sentido
e quanto mais penso nisso, menos sinto
andar, correr, cair
peso na consciência e abraço a lua
eu assim que se fala luz
vejo~me aqui de braços abertos
[verso 2: tilt]
magro como um cão faminto
levo o karma e esta maldita vida
que a palma da mão dita sem saber o caminho
não te entrego, carrego e não te estimo
hei de ficar marreco antes de ganhar braço de ferro com o destino
alinho e fico, cadáver dignifico
o músculo do meu caráter até ficar rijo e hirto
checka o frater inimigo, em mim mesmo
qualquer demente do júlio me entende
com o [?] para a frente tipo júlio resende
a mim [?] é a minha praxe para ver gajos na merda como não vês
nem quereres, também tás
mas é na paz [?] nas calmas até relaxo
e quando terminar as aulas hei de mandar o quadra baixo

[verso 3: babba tep]
farto, leve, fraude
o louco lobo da arábia saudita
maldita seja a minha escrita
do eremita que nunca se sente em casa
com os ombros que pesam mais que paciência
consciência mais que as asas
alfabeto feito de adagas
fábricas de onde saem pragas
hajam saias também para se ver bandeiras
o fardo na guerra é pesado
é esticar o braço e garantir o meu espaço
não é fácil, trago o peso todo da gravidade
na gravidez da verdade, da maldade, da dualidade
da estupidez, eu tou na boa
com tanto peso na tromba
ponho tanto rum na proa
atraco o barco mas não à toa
a minha entrega é para isto, para este som
para esta vida
para esta sina
que já há muito tempo foi compreendida
foi desvendada, já passei pela entrada
ando à procura da saída, cheio de merdas na mochila
[verso 4: uno]
e o mal não foi o peso
foi o [?] quando apareceu
no meio do meu stress, cada um fez o seu
negaram~te a entrada porque estavas com um gajo como eu
saíste igual a gajo como eu
agora quem sou?
para quem te está a ver
digo sempre “bora”
mas fico independente
carrego o que é melhor para vocês
e para vocês desejo melhoras
o homem da macacada que endireita as costas
ao puxar pela cabeça e nunca sai ideias novas (são factos)
baseados em filmes da verdade
conspiramos contra quem sobe
quando nos sentimos apertados
isto parece um abraço ou é só um ser inchado
o disfarce traz o teu traço de personalidade
é fácil ver que és tu
ignoras estar aqui
mas serviu de tudo um pouco
constantemente carrego o nosso fardo
desço e subo os ombros

[outro: meraky]
no final do dia
mensagem clara como poesia
toda arte parte do desastre


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