lirik lagu riça - monolito
[intro]
[verso 1]
encontraste um caderno gasto no meio do tasco
perdido porém erguido pelo seu próprio pé
claro que achaste estranha tal proeza
mas mal tocaste nele ficaste coa cabeça em puré
qual purex para te deixar -ssim filhote
nem s-xo sem latéx tu, ficaste lerdo
incontinente a ponto d’agora andares com dodotes
num loop eterno e doentio como o preço certo
ficaste caído no chão, tod’em contorção
berrand’em repetição “atirem-me à cremação!”
deixaste o teu povo de tal modo -ssustado
que agora és visitado por exorcistas de todo o lado!
[refrão]
se o vires por aí
pensa duas vezes antes de o desfolhares e
começares a ler
pode ser mau para ti
por isso meu amigo não toques no monolito
em que eu andei a escrever
[bridge]
(mas siga ver em detalhe
por onde é que o nosso amigo riça
andou naquela fatídica tarde
após aquele estranho
contacto imediato com aquele caderno)
[verso 2]
foste sugado num portal espaço-temporal
a retrete onde eu grego galáxias
deu-t’uma epifania onde viste que as sete
maravilhas mundiais pra mim são coisas de criança
viste-m’a produzir um big bang
pra seduzir a vizinha a partilharmos fantasias
viste-nos enrolados
no meu bilhar de buracos negros a conceber mais um messias
a criação do fogo foi fruto dum sopro
que dei no meu caderno enquanto anotava ideias
e mal um símio lhe tocou como tu fizeste
degolou o irmão e fez-se o primeiro mural rupestre
[refrão]
se o vires por aí
pensa duas vezes antes de o desfolhares e
começares a ler
pode ser mau para ti
por isso meu amigo não toques no monolito
em que eu andei a escrever
[verso 3]
pus em prática a alquimia para te dar um desfecho
eras uma besta quadrada, multipliquei por seis
ficaste um cubo estúpido, mas como isto é à kubrick
transformei-te num hipercubo —
agora és hiperburro, parabéns!
p-ssei parte de ti do estado sólido a líquido
misturei-te com radiação do sol e lítio
pós da nuvem d’oort, rodelas de lorth sith
e reservei a bebida numa jarra no frigorífico
criativo espontâneo como sou saquei-te logo o esqueleto
transformei-te o crâneo numa base para sabonetes
engordei-te a ranho e febres até morreres
para depois te -ssar e te servir aos teus parentes!
[refrão]
se o vires por aí
pensa duas vezes antes de o desfolhares e
começares a ler
pode ser mau para ti
por isso meu amigo não toques no monolito
em que eu andei a escrever
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