lirik lagu rephrase (prt) - sem verso
[letra de “sem verso”]
[verso 1]
a vida passa num risco, o abismo eu belisco
obelisco do tormento, corrijo me sem asterisco
corrige me se eu trago atrito, aflito inexperiente
sem ser senciente, saboto me por ser prudente
ser congruente com traumas assiste me
felicidade resiste me, parto sem que isto me
faça mossa, vivo em fossa e se eu argumento
sigo sem lamento, afastamento e o trato é lento
largar não aguento mas a vida grita berros
largar te eu bem tento mas a vida arranca a ferros
a vida arranca e eu cerro os, dentes afinca glória
duma morte lenta mas o pós não vinga a nossa história
não vim para a memória, fotos não ditam prazos
nem sempre partimos pratos e os timings são ingratos
teimo dizer mato~os mas estão mais vivos que nunca
sentir guardo na nuca, demónios desta labuta
plantado por vizir, há de vir amor enraizado
maior do que este fado, icónico como o chiado
mas esta alma é cimbalino, alcalino o meu dar
energia transmito para o teu motivo albergar
se encaixo neste meio, talvez mas não planeio
sem ser sensei eu sei o, que o torna feio
rapidamente nomeio e proponho ser melhor eu
do que chegar ao fim da linha e dizer que não deu
[refrão]
eu dou a cara ao manifesto porque eu sou sem verso!
eu nunca bazei mas este é o regresso
a essência do berço eu trago impresso
eu dou a cara ao manifesto porque eu sou…
[verso 2]
eu sou cada um de vós, vim p’ra dar a voz
pelos que numa vida atroz, sofrem como os avós
na guerra ou no pós, não seremos mais que pós
mais que nós das amarras que nos fazem mais que nós
sem verso dou a cara ao manifesto
submerso no íntimo dum narcisista modesto
esculpo como hefesto, cuspo como presto
rude não presto, sujo como arte que infesto
separas arte do resto, intuito desonesto
de querer ser dono dela mas esse ato contesto
importa ter contexto e não tens que vir com texto
poético, mais estético eu também aceito
levo a peito e o meu tem mais uma costela
é música e destas folhas faço a minha tela
é nela que vês a magia deste salvador
mas eu não sou daqui, meu mundo é menos opressor
rolo compressor para aquilo que eu fui outrora
vês em mim uma essência boreal como a aurora
é este ego que a minha obra outorga
percebes porque nasci no dia da morte do torga
não há multidão que esta garra combata
a vir com mais força que 100 crias de bambaataa
hoje estou mais no que antes era menos
e sonhos originais hoje em dia são pequenos
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