lirik lagu realidade cruel - vale da escuridão parte 2
o celular tocou, a notícia veio de brinde
o lutador nocauteado no meio do ringue
a mente atenta as lembrança vem no flash
o diabo -ssopra na orelha
– isso é o rap que te dá, fama em tudo que é lugar
no subconsciente criminal onde eu possa reinar
ainda penso, repenso, reparo
os avanços tecnológicos, o homem no espaço
chips, celulares, drive, mega bytes
pc e msn em vários lares
clones, puta que o pariu nós fomos longe pelo mundo
vários pretos igual a mim ainda morrem de fome
eu não aceito, mas sei como é o jogo
mais vale 100 de nós na cadeia que um pm morto
inimaginável, crianças brincando no parques
em pleno iraque sem bush, bin laden
mesmo que o planeta seja o globo terrestre
fotografado diariamente por satélites
seja a morada embora catastrófica
dos terráqueos que aqui se matam por puta e droga
dinheiro e o muleke que sonha na corrida
comprar uma t-tã e ser entregador de pizza
tirar a mãe do corre e ver a irmã mais nova
chegar até os 15 sem ter que abandonar a escola
sem ter que ter como inspiração
o que tá ao seu redor traficante, ladrão ou polícia
quantos que sonharam um dia na vida
com o agasalho do milan, as joias, as platina
mas não hoje tão caminhando nos pátio
aguardando ansiosamente a liberdade do judiciário
fora os que foram laçados pelo destino
que deixaram somente na foto sorriso pros filhos
baguio é foda em meio ao vale obscuro
infelizmente já vi vários manos no sepulcro
somente dores, são tristes as recordações
que habitam mutilados corações
em meio ao vale da escuridão, eu canto amor
gostaria de estar de frente para o mar
observando as gaivotas sentindo o vento soprar
alimentando o coração de bondade e amor
se humilhando de joelho ao mestre criador
mas aqui estou e vos digo que outrora
caminhei sobre espinhos sem sentir o aroma das rosas
infelizmente o cheiro que se faz presente nunca ausente
é o da pólvora nos descarregar dos pentes
indiferente de golf no pião eu tom e o igão
escutando o batidão escarface ticão e café
como sempre leal time fiél até a morte humildemente
tamo junto e a cruz que brilha no alto da igreja
protege a família carcerária nas cadeias
e que na santa ceia o espírito maligno
não seja audacioso, impetuoso com nossos discípulos
cansei de ouvir histórias sem final feliz
irmão na ira com vontade de degolar juiz
e por aqui as crianças não falam inglês
mas já sabem o que são munição de g. 3
e tem um corpo estipado no alto do morro
dum estuprador que nem sequer implorou por socorro
globo ocular é como um radar
acusa a distância o judas que possa tramar
ainda sinto que a humanidade é carente por mais
que eu vejo os crente pregando diariamente a paz
mentes insanas, impuras
por aí perambulam dentro das viaturas
programados pra inseminar horror nas favelas
almas carregadas com rancor em meio a névoa
artérias entupidas com sangue e cocaína
exterminam jovens e faz crescer a estatística
até quando o águia lá do céu atirando
de ak e r15 e criança na rua chorando
o baguio é louco bbb da crueldade
tem aluna tomando tiro dentro das faculdades
[refrão 2x]
em meio ao vale da escuridão, eu canto amor
levanta a cabeça, gladiador, e vai pra guerra
não é ficção de cinema, cê ta na selva
dos mortais que se matam até por vaidade
chegar de filder zero comandando a cidade
ter respeito e ser a última palavra no final
mesmo que este preço custe o próprio funeral
retrocesso, também queria na vida progresso
ter fama e poder saborear o sucesso
ter um flat no jardins, casa em angra dos reis
uma linconn só pra mim com dvd e ps3
mas não, o mundo que eu vivo é real
são 2 leões por dia na arena de cimento e cal
olhei pra frente e vi a patota de cosme
sem bolo e guaraná no farol vendendo drops
dani pega no bèck de toca do corinthians
com a cara na lata de cola vi a menina
que não tinha nem sequer 15 com filho no colo
olhei e vi as nuvens ô jesus volta logo
acaba com essa desgraça que nóis aqui num aguenta
por mais que a gente tem fé, o inimigo atenta
e sei que até 40 não consigo jejuar
e sei que sob a água não posso caminhar
mas não quero uma quadrada que faz explodir crânio
e nem jovem baleada na saída da porta do banco
em meio ao vale da escuridão, eu canto amor
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