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lirik lagu pródigo & víruz - eu perdoo

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[verso 1: víruz]
não quero ser visto como um corta casacas
mas ameaças e falas mansas não afastam esses panascas
cravas e desenrascas, querem é ver me à rasca
em desgraça, careca ou com um coto nas calças
passo as passas do algarve, alarves, cravam o almoço
são má raça com máscaras, caparaças, traças no bolso
não posso dar confiança ou em nome da nossa infância
querem que eu pague a fiança e dê guarida à sua criança
tá visto que és a chaga que chateia cristo na cruz
eu quero distância de alpinista dessa praga de urubus
a tua tribo de chibos são gnus nojentos com pus
só metem os pés pelas mãos como deuses hindus

[refrão: nerve]
eu perdoo, p’ra mim tu, não existes
eu perdoo, finge que, nunca me viste
tenho lugar marcado no céu, com jacuzzi e meo
“eu perdoo porque não passas de um otário”

[verso 2: pródigo]
amigos e inimigos, é só cansaço e dor de cabeça
tenho paciência quase de jeová mas não tou pa aturar marretas
larga~me as tetas, tenho vendettas, rancores que metem dó
à pala de nharros ordinários, ganda tónhó
queres dar nas vistas? gande artista, em revistas cor de bicha
andas sempre aos ursos, urso, como um puto autista
nem é preciso ser especialista, só pa, te rachar a crista
no teu bairro és lendário, um ganda minotário
dou a mão? querem o braço. empresto guito? cravam tabaco
oriento uma cabeça? querem o saco, depois eu é que sou o velhaco?
devia, enfardar~te o taco, rebentar~te com essa bilha
tipo robinson crusoé, volta pá puta da tua ilha!

[refrão: nerve]
eu perdoo, p’ra mim tu, não existes
eu perdoo, finge que, nunca me viste
tenho lugar marcado no céu, com jacuzzi e meo
“eu perdoo porque não passas de um otário”
eu perdoo, p’ra mim tu, não existes
eu perdoo, finge que, nunca me viste
tenho lugar marcado no céu, com jacuzzi e meo
“eu perdoo porque não passas de um otário”

[verso 3: víruz]
sempre com as unhas nos dentes e os dedos dermentes de medo
andas teso, sentes o peso dos remorsos no esqueleto
dás mais música que um coreto, cantas fresco mas não me alegras
quero~te ver vestido de preto a descançar entre pedras
com mentiras e birras, tiras a paciência a um santo
refilas e gritas, inventas petas, doenças mas és um cancro
um fura~greves rabeta, sem cheta e dívidas no banco
devias apanhar lepra pa caíres morto num canto
és uma vergonha de filho, aos tombos entre sarilhos
aos pombos roubas o milho, és vazio, causas fastio
tens a vida por um fio, põe~te a léguas nas montanhas
até a tua mãe sumiu quando te viu sair das entranhas

[refrão: nerve]
eu perdoo, p’ra mim tu, não existes
eu perdoo, finge que, nunca me viste
tenho lugar marcado no céu, com jacuzzi e meo
“eu perdoo porque não passas de um otário”

[verso 4: pródigo]
sempre que ‘tás com a uva ficas armado em manda~chuva
deve ser o efeito estufa, devia~te assentar a luva
upa upa daqui pa’ fora, já abusáste da super~bock
já ‘tás a fazer escarceu armado em estrela de rock
anormal profissional, a encher essa fossa nasal
armas~te em professor pardal, devias ter sufocado no cordão umbilical
quando me vires o melhor é dares ao pedal, tal e qual
essencial, fechares esse bico em boa hora tipo o tribunal
a tua amizade, artifícial, matreira tipo evasão fiscal
paleta excepcional, baldáste~te a religião e moral man…
é crucial, não somos amigos por um triz
qualquer dia encontram~te a boiar no tamariz

[refrão: nerve]
eu perdoo, p’ra mim tu, não existes
eu perdoo, finge que, nunca me viste
tenho lugar marcado no céu, com jacuzzi e meo
“eu perdoo porque não passas de um otário”
eu perdoo, p’ra mim tu, não existes
eu perdoo, finge que, nunca me viste
tenho lugar marcado no céu, com jacuzzi e meo
“eu perdoo porque não passas de um otário”


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