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lirik lagu orteum - 1926 [viajo]

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[verso 1: tilt]
o mais triste é a tua consciência, percebes os limites e a demência que mostras aos teus filhos?
mantém-te no vidro, numa vitrina em pó
em pé, não deixes a avó beber
já tens quantos anos, peça de coleção
confuso ao ver a tu geração morrer (ah)
ninguém põe a boca no meu gargalo
enganaram-me em chavalo
convenceram-me a ficar e a cavar o meu buraco
com uma espada, mantém-na afiada
para quê? se vou matar o dragão à dentada
e cuspo escamas e criei-te cabra de porcelana
é -ssim que tu me agradeces? a odiar-me aos berros
foi por vocês que larguei a terra
e eu que nunca praguejei
vocês são merda
inútil do caralho desce à terra (calma, velho)
mas não sabes o com complicado
é criar embriaguez que conspira contra um gajo

[refrão: tilt]
(eu viajo)
mesmo que não conheças um gajo
vês-me pela rua abaixo, corpo sujo como o traje
(eu viajo)
atormentado sem relaxo
faço mas sem fazer caso, por impotência má
[?] nasce
(eu viajo)
mesmo que não conheças um gajo
vês-me pela rua abaixo, corpo sujo como o traje
(eu viajo)
atormentado sem relaxo
faço mas sem fazer caso, voo raso
morte é praxe, não me encaixo

[verso 2: tilt]
não sei o que fiz de errado, quer dizer
não teimei o suficiente
minha escrava isaura crava-me a aura a belo prazer
fica-te bem esse negro
é mais uma vela pa’ acender na sala
abre-me os olhos pa’ realidade
há anos que ‘tou num piscar
peido mestre da máquina apanha toda a gente
e o cheiro a podre tipo: “o que é que comeste?”
esfregam palmas, farto do velho com náuseas
o rabugento no seu melhor mas sem medalhas
agora onde é que ele nada
comprimido pa’ lembrar-se do próximo comprimido
para proteção gástrica para tomar o outro
precisas de mais um copo de água?
velho tens a alma acamada
zombie com o físico a p-ssear na área
ele ‘tá-se a cagar, não faz a mala nem a barba
mas vai viajar pela praça
ele diz:

[refrão: tilt]
(eu viajo)
mesmo que não conheças um gajo
vês-me pela rua abaixo, corpo sujo como o traje
(eu viajo)
atormentado sem relaxo
faço mas sem fazer caso, por impotência má
[?] nasce
(eu viajo)
mesmo que não conheças um gajo
vês-me pela rua abaixo, corpo sujo como o traje
(eu viajo)
atormentado sem relaxo
faço mas sem fazer caso, voo raso
morte é praxe, não me encaixo

[verso 3: tilt]
convencem-me que eu sou de ouro
por isso não querem dar um gole do meu alcoolismo todo
sou um merdas, bêbado e dado
puxo o autoclismo, vou-me, vê-mo-nos no outro lado, ok
faz o leilão, quem é o cabrão com sorte
disposto a gastar um milhão
para puder rasgar o rótulo
do pior apóstolo do guião
aposto o meu pião numa jogada suicida
sente a sina de um leão, querida
ninguém percebe a cabeça dum morto
beijo os netos, boa noite até amanhã se deus quiser
e eu sei que me vou sentir louco ainda hoje
por isso não tenho a certeza se quero acordar amanhã
para ser sincero (para ser sincero)
isto é de alguém que não se insere no mundo sujo
mas com um hd e internet
fechar os olhos, abrir e ter net
reajo lento como quem não consegue fazer melhor
viajo no tempo como quem não quer (viajo)

[outro: tilt]
orteum, perdidos e hashados
boa noite até amanhã se deus quiser
e eu sei que me vou sentir louco ainda hoje
por isso não tenho a certeza se quero acordar amanhã
para ser sincero (para ser sincero)


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