lirik lagu nerve - monstro social
[intro]
“só vive de noite, dorme de dia, não é?”
“agora é… desde 1949 que só durmo de dia”
“e cantar, gosta de cantar só de noite?”
“cantar, gosto de noite…”
apaga a luz ao fundo do túnel ou vou transformar-me em cinzas
[verso 1]
morto-vivo, inexpressivo, pálido como um lençol-fantasma
nos meus melh-r-s dias pareço um vampiro
que bicho me mordeu?!
que raio de pergunta.eu saio nunca
sete segundos de luz diurna? ainda desmaio na rua
dores abdominais agudas
como que uma espada que fura a cintura do samurai que mais não luta
irei com poucas palavras. muitas. nada me estimula
sinto que estou a flipar, como o rodney mullen
cinco p-ssos em direcção à aceitação de uma cinzenta sessão de auto-degradação violenta, ao estilo vedeta
lenda
não pratico desporto há uma dezena de anos e a minha roda dos alimentos é uma roleta
eu não fiquei demente, entenda-se:
este navio não entrou na garrafa, foi construído lá dentro
nasci para ver cabrões desprovidos de talento a subir e fazer milhões
eu aqui, pr-nto para partir cedo e pedrado, como o greg giraldo
isto é só putas e cães, eu para aqui com versos de fidalgo
“quando é que sai o álb-m?”
aprecio o entusiasmo mas quando eu quiser que saibas trato de fabricar um diálogo
[refrão]
eu socializo
então, man? como é que é? ‘tá-se bem?
ya, tranquilo. ‘tamos aí, normal. novidades?
eu socializo
boa noite, como está? p-ssou bem?
bem, obrigado. cá estamos. como vai o trabalho?
meu caro, eu socializo
então, man? como é que é? ‘tá-se bem?
ya, tranquilo. ‘tamos aí, normal. novidades?
eu socializo
boa noite, como está? p-ssou bem?
bem, obrigado. cá estamos. como vai o trabalho?
[verso 2]
lutar por uma causa?
eu cá, sou pelo prazer de juntar palavras e direccionar raiva injustificada
a maioria dos meus colegas na praça, burros que nem uma porta e, ainda -ssim, recebem notas
parabéns
este meio acolheu-me e ajudou-me a dar forma à minha personalidade e aprender a lidar com ignorância extrema
é tudo uma grande família
acalmo os nervos em franja e à flor da pele
enquanto termino o meu chá de tília e estoiro trinta ganzas
rimas sangram, escorrem pela cabeça
enquanto o meu amigo imaginário, atormentado, me escreve as letras
é um monstro social que nunca dança
mas lança som em vida que nem um shakur na campa
sou de respostas vigorosas e perguntas brandas
depois da minha mãe, a mulher que por fim ficar comigo será mais uma santa
a minha quase nula fama chegou para que precise seriamente que me digam:
“foda-se, nerve, não há escutas, câmaras, e é seguro saíres à rua, levanta-te
um dia ainda te encontram duro na cama. anda, que eu socializo”
[refrão]
então, man. como é que é? ‘tá-se bem?
ya, tranquilo. ‘tamos aí, normal. novidades?
eu socializo
boa noite, como está? p-ssou bem?
bem, obrigado. cá estamos. como vai o trabalho?
meu caro, eu socializo
então, man. como é que é? ‘tá-se bem?
ya, tranquilo. ‘tamos aí, normal. novidades?
eu socializo
boa noite, como está? p-ssou bem?
bem, obrigado. cá estamos. como vai o trabalho?
[outro]
2000 e tal…
a vida não presta…
e é isso
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