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lirik lagu narceja produções - psicopretas vol. 2

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[verso 1: yzalú]
eu burlei o sistema de várias maneira
eles me temem, sou da maloca prolífera
liga pique original, das aresta marginal, cafuza
bem diferente das publicidade jequiti
eu propus um feat com os fera
depois descobri quem eles querem:
são as bela e os parça chegado
banca de esteio é mato e nesses estreito sobra o anonimato pras latifah zica da periferia
dona clementina, jovelina espia
cês nem vem tentar, meu bem, nós somos dessa cria
essa cena é hype, né?
nós aqui é premier
no mano a mano, pergunto:
“meu mano, tu tá argumentando que as mina não rima ainda?”
no game eu tô trampando há uns tempos
cês gostem ou não, ganhei meu respeito
e de cabeça erguida vivendo
no mic x-woman , vai vendo!

[verso 2: gabi nyarai]
tipo bruxa de salém, pretona periculosa
num país que é preto, cês sonha com b-c-t- rosa
no touch my hair, no touch my body
pra racista é paulada, nóis te pega, te explode
as preta reunida veio pra fazer bilhões
muito branco falando, poucas reparações
afroempreendedoras, dona do próprio negócio
autoestima, autoamor, hoje se tornaram sócio
cês abafaram nossa história
pra esconder potencial
fez parecer que desde sempre
é cana ou cafezal
retomando o trono, coroa e tradição
se for pra jorrar sangue, não é o nosso, não
que a família real é a do mundo real
e já que é uma guerra, pegue seu -rs-nal
lírico, poético, de fácil entendimento
se não for pelo acesso, nós tá é perdendo tempo

[verso 3: alinega]
é ocrime77, original favela
sou psicopreta das vilã que num dá guela
(então diz)
quantas matheusa ainda vão ter que partir?
e quantas marielle ainda vão ter que morrer?
pra fazer boy entender:
hip hop num é banheiro químico pra tu cagar no meu rolê
é o loló, é o pó, é a química
fazendas, hortas, sarjetas, celas, clínicas
presídios empretecidos, pretos trazem falecido antes do nome segundo a estatística
quero vê-los na estica, não esticando mais um
pretas executivas e não executadas
quem é mais preto ou quem é menos preto, enquanto sobe mais um
num é twitter isso aqui, fi, é vivência de quebrada
respeito pra ter conceito, num é só chegar pra ser aceito
os canas querem acertos senão é só desacerto
matando flores do gueto, é
pra morrer basta tá vivo ou basta ser lgbt e preto?
minha mãezinha, me abençoe pr’eu sair, que eu nem sei mais se eu volto
o inimigo tem barca, tem moto
arma na palma e também tem voto
caneta pr-nta pra -ssinar óbito
racistas morrem na punheta e eu sócia da loto
num é mais bibi perigosa, agora é “alitreta”
nós é plaqtudum, flow tiro de “escopreta”
bem problemática, tipo neguinho do kaxeta
todo ouro e poder pras “bucepreta”

[verso 4: meg tmthc]
entraram quatro caras na favela, mano
todos atirando
acho engraçado que a globo fica: “mais um troféu do ano”
fica tranquila porque o governo já está cuidando
mano, o que é que tem na minha cor? é muita melanina pra você?
racistas não sabem o que é amar, racistas não sabem
você não sabe o que é p-ssar por isso
consigo ver o ódio no seu olhar
será que pra deus somos iguais?
vocês gostam de ser rivais
eu criei você, você me criou
somos a cópia perfeita que faltava no amor
esse problema todo que você criou
somos reflexo daquilo que nos machucou
não vou ser aquilo que eles querem que eu seja
todo mundo pode ser o que quiser ser
o que quiser ser
preta, quanto amor perdeu, que te corroeu
cadê o seu valor? seja seu próprio amor
não aceite menos do que entregou
é que pra moldar o mundo tem que vir de dentro

[verso 5: sistah chilli]
encaixe pra boca de fascista é a guia
aqui é poucas ideia, nem gasto diplomacia
dobra e soca no teu cu esse papo de supremacia
nem troco ideia pra verme, anencéfalo, sem teoria
antifascista, antirracista que você teme e desvia
minha pele quente é convite só se for pra tua vala fria
enche essa boca de merda, se acha rei do universo
mas quando o preto tá no topo (ahhh) “racismo reverso”?
minha ancestralidade que fode a tua vaidade
eu me incorporo imperial, heresia pra sociedade
discute no twitter papo de tonalidade
que divide nossa luta com seu ego e vaidade
chegamos como dedo na ferida e tiros de beretta
e tá pra nascer um pé de breque que cala uma psicopreta

[verso 6: monna brutal]
brancos e seu bando de mcs hannah montana
bolos de bosta se achando montanhas
branco pagando de jack e p-ssando vergonha
tu deve ser amigo da branca mingau com fanta
deve ser sobrinho da tia racista
deve ser filho do branco faixa preta
apropriadores não sentiram nossas dores
estamos indo buscar sua cabeça pra pôr na bandeja
enche a boca pra dizer que o preço foi pago
ironia?
numa era em que brota mc fazendo apologia a ato n-z-sta
me pergunta o porquê de eu não ser “a pacifista”
é que minha pele ocupa a maioria das covas, prisões e periferias
feria mamãe áfrica, a branca etnia
tu esqueceu que os teus estupraram as nossas índias?
coincidência sua apologia ao estupro nas rimas…
depois pergunta por que sempre queremos sair arrancando picas
represento katrina, kell e cunanny
808, um salve pra nanny
isso é monna brutal, derramar de sangue
psicopreta deixa n-z-sta em pane
psicopreta pensante pisando em putos
buscando diamantes
racista bom é racista jorrando sangue
bang bang bang
dory já disse: é o levante
devolvendo a chicotada, explodindo a casa grande


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