lirik lagu mesclad011 - enunciação
[verso 1: vulgo nb]
devastado por gráficos
amostra grátis do lápis
testamento cósmico
tentáculos amostra
senado ao odor de enxofre
condenado a sofrer
mas eu abri o cofre
e é hoje que o ontem
será lembrado
multiplico e não explico
não suplico, só complico
robin hood theory
em prática, dia lindo
meteoros do céu caem
inflamam caims. mais uma gin
cartel em metrô
civís à paisana na quebra
desvio de verba. selva de pedra
a queda é constante
mais uma mente brilhante com flagrante
na “babi”, lucy chama de baby
no br, lucy chama-se temer
na favela não teve panela
só bala da pm
querosene na long neck
na era do ipad
eu só -ssisto a tv de led
se a manchete for:
bolsonaro sai do armário!
todo meu desprezo ao noticiário
discurso facista eu vaio
de mala e cuia pra ir furar o eduardo cunha
[verso 2: pierre dalit]
deixa o ustra apodrecendo
como ele deixou sepulturas com corpos dentro
câmara, senado e congresso no verso adentro, tento
limpar ditadura de pensamento
e eles querem minha cabeça enquanto minha boca carbura
tem fã de bolsonaro exigindo mais postura, e cuidado
com esses que gosta, que posta
que manifesta, na festa do trio elétrico
que a veja manipula o caçula
que leu olavo e se acha o intelecto;
cético, encaro os numéricos de amarelo e reparo
na mentecapta falta de perceber
que o pato é nois que paga e o temer não vai devolver
e pra onde vocês vão ir?
se agarrar ao pt, pmdb, ptdob e psdb pra corrigir uma
multidão raivosa e vaidosa
que tal te explicar que é a mesma familia tradicional
que abusa do capital e ainda grita “democracia”
tirando sarro do tal que circunda periferia
meu mano suburbano de quebra, que tem uns funk no fone
e que tambem sofre com a fome;
descola um ferro pra roubar essa porra toda por bronze!
ele nunca tem nome
o que o bicho não come e o que de fato é do homem?
jovem negro ensaguentado, deitado;
jornal divulga o quadro censurando o policial, maquiado
[verso 3: wallah]
na farda se sente superior
deve ser porque ganhou propina do exterior
por nós, pelo amor! rego a raiz da cor
o menor virou “vapor”, e de “vapor” virou vapor
ninguém viu. sumiu? subiu
a mãe ficou. brotou a dor!
cidades e prédios, fumaças e tédios
distribuem a ilusão, eu
danço com o caos da babylon, eu
tô sem tempo pra ficção
eles querem dólar, cabeças à degola
maquiando a fome no país da bola
mas é o país da fome, ou da bola?
olha a resposta no barulho da pistola
tucanos vomitam cédulas. rimas são células
enquanto te monitoram no sinal do celular…
os pratos sobrevoam, a desgraça ecoa
acerto o tucano com um plano insano na terra da garoa
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