lirik lagu marcos felipe - miserere, venere
letra de “miserere, venere”, de marcos felipe
produzida por marcos felipe
[verso 1]
sem alegria
ansiedade já previa
vejo quem eu sou
e que do abismo eu sou cria
impermanência constante
constantine que o diga
“bravo!”, palhaço
que perdeu o ponto de vista
luz na lua
reflete pro meu lado
nunca vi algo tão claro
terra esfera, vejo a sombra
lombra atiça o meu faro
despreparo na barganha
a sujeira então decanta
e o tempo fecha na garganta
o que cê faz quando o mundo todo muda?
o que cê faz então se a dor é absurda?
escreve, fala, grava, chora aquilo que engasga
põe pra fora o que te prende dentro de casa
o que cê faz quando o fogo é só por dentro?
como respira se o socorro é tão lento?
água, erva, sono, roça e um novo sonho
casa, áudio, horta grande e nós no banho
você sabe bem
o que te faz bem
terra molhada que flore
me abraça até que eu melhore
você sabe bem
o que não convém
esquiva, bloqueia, ignora
lembra da bolha de outrora
[verso 2]
fogo em qualquer retrato
imagem se porta contrato
me paga o vibrato: sustento
criando o legato: sedento
fazer o que for necessário
correnteza e eu nadando ao contrário
no páreo: primeiro
começo da base: pedreiro
imagina a paz outra vez
imagina por quem você paga o pato
precifica a moda da vez
imagina a quem que se nega
oficina vazia pra quem?
o sonho empilha e vira entulho
orgulho de si mas por que?
o que vale é o que vem no futuro
às vezes, no entanto, eu faço bem
a faca riscando e eu fico zen
às vezes, no entanto, eu passo mal
o peito cortando e eu faço o mal
às vezes, no entanto, eu passo bem
falei na moral e ela disse vez
às vezes, no entanto, eu faço mal
ela disse champagne e só tem mescal
por vezes, garanto, eu estava além
outro dia, no entanto, eu senti um trem
pesado no meu peito feito fractal
o que eu quero dessa vida é não ser letal
foi b~n~l o egoísmo, eu vivia puto
agressivo eu sei, farejava o sangue
a beira do abismo, me lembrava um surto
agarrando distraídos, parecia punk
conversa no escuro, visão semeada
semântica arde, faltou a estrada
sem fé caminhando em terreno estranho
john e yoko, me sinto em casa
só falam comigo se tenho a caneta
só passam ideia pra quem a respeita
só peita não adianta, é só um enfeite
ao pó voltarás, você que se azeite
às vezes, no entanto, quero botar fogo
me chamaram de bacaca então gritei de novo
à vezes eu vejo, o cenário é tenso
e detesto cada vez em que o sonho é denso
teve dias, eu lembro, que te vi voando
flutuava o caminho, eu já tinha um plano
às vezes reconheço que já quis o chumbo
pra acabar com essa gente que só caga o mundo
venedi perdoe pelo meu estrago
todos os corpos, futuro e passado
venedi perdoe toda essa cidade
careta e covarde, senhor piedade
matar todos eles pra que eu possa viver
vou matar todos eles pra que eu possa viver
matar todos eles pra que eu possa viver
eu vou matar todos eles pra que eu possa viver
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