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lirik lagu major (pt) - aljube

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[verso 1]
morro devagar enquanto dor arrecadar
atento a ideia lento num posto de não querer ser
se o vento ladeia o rosto, num feixe lá vou ter
vejo~me incapaz porque fecho~me em capuz
risco~me sem ter luz e a ferida sente o fluxo
onde o lado vil repousa, ondulado vi repulsa
pelejas olho ao longe, o meu fado assim recusa
quem me dera suportar~te em aperto
(assim como o peito aperta)
sei o quanto almejo dedicar~me ao que não sou
fertilizo a pedra e choro rios de inquietude
futilizo a perda porque isso aqui é turvo
caí nas qualidades, gostava que as visse
relembro os teus defeitos como se não as possuísses
tentaria terminar a timidez
a minha inutilidade reflete
todas essas me repelem
não é drama o que penso
sou esponja de um menos
estou preso entre sentidos
esses não solto a menos que a morte feche os panos
intrínseco entro a seco no altar desta questão
desespero por um corte no papel da solidão
por aí, rasgo o resto

não peço mais nem expresso mais
não tenho que forçar mais
espero por ti no cais
em paralelo ao solo
olhar direto ao cosmos
que me colhe em tentação
bucólico e sem razão vislumbrando a densidão
estás a um braço de distância e eu sem me mexer
assumo em concordância e tenho tudo a temer
tristeza por um triz te canto, em bis te encanto
invisto e em ti não singro em canto
sangro pela sutura, não sinto espanto
mágoa tão grande, costura arranco
af~go o exagero e apago o inverno
sol farto invade~me até ao cerne
sulfato dos pensamentos é improfícuo
a perene dor aprende o vínculo
aljube do orgulho, se me solto evoluo
aljube do orgulho, se me solto evoluo
aljube do orgulho, se me solto evoluo
fluo

[bridge]
se fluo em sensações não sei onde é que eu vou
mas sei onde é que tu vais estar
eu sei que vais
eu sei que vais
eu sei que vais sentir e seguir ao meu cais
eu sei que vais sentir e seguir ao meu cais
eu sei que vais sentir…

[verso 2]
absolvo~me em zeros e uns
assim me encerro em rumo a uma fonte sedativa
cedo sedo a mente ao medo
nunca sedimento sentimentos, eu sei que me deito neles
preso vendo o leito da via, lento
violento a cada sopro de inquietude
os quais prescindo ao todo por forma a ficar mudo por um curto período
performance é ser rude se o que alcanço é sem estudo
reduzo a relação que estabelecemos a um resquício
só houve algo fortíssimo e nada mais que isso
então
fiz~te só um esquisso e nele vi um valor ínfimo
dor sobre papel foi o pouco que deste a mim
e em grandes dimensões, és destemida
proponho percussões na prisão das sensações
porque os sons são grilhões das estações
e na ausência de mil sóis, há algo em mim que foge
o granulado da noite faz~me efervescer no hoje
mas estou mais introspetivo e menos introvertido
na intro especulativa sobre o sangue vertido
debruçando~me em tudo o que fiz quando desperto
queimaduras surgem, alma urge tratamento
e reduz~se ao meu sustento
sei que se eu fosse vento seria menos quente
a perceção engana quem não entende o suficiente
o meu aljube é ao relento mas não fujo e nem tento

[outro]
não sei onde é que eu vou mas sei aonde te encontrar


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