
lirik lagu letodie - ria agora, chore depois
[letra de “ria agora, chore depois”]
[verso 1]
o sol toca meu rosto e me lembra que tá na hora
de acordar e encarar a porra do mundo lá fora
de fingir e mentir, bancar o cara gentil
quando a vontade era de mandar tudo pra puta que
outro dia sozinho, aos cuidados de ninguém
tô achando até, neguin’, que deus me esqueceu também
não sei se isso é nocivo; eu tento, mas não ligo
foda~se, tanto faz, ele nunca falou comigo
mais uma noite em claro, é claro que é ruim
o preço é caro, eu não sabia que era assim
foda, nas roda, dizem: “carai, ‘cê tem talento”
penso: “eles nem sabem, o raciocínio tá lento”
mas fico esperto com o que eles ‘tão tramando
aqui tudo é incerto, confiar desconfiando
sob o me’mo teto, quieto, no silêncio tento ser
mas meus olhos só enxergam o que eu não quero ver
na autoestrada pro inferno, inverno e tempo ruim
mais um gole de vinho, alterno com pervitin
de porre e terno pro trampo, prezo pro santo ser forte
deixo no caderno os prantos, rezo de canto, sem norte
de frente pro espelho, com raiva da própria imagem
faca nas costa, bosta, perdi a aposta e a coragem
saca, sem resposta, trairagem pra esquecer
encho a folha do caderno e não deixo ninguém saber
[refrão]
escondo o medo, tão cedo não vou expor
ultimamente tudo o que eu sinto é dor
velho caderno, vai ficar entre nós dois
vou rir agora e deixo pra chorar depois
escondo o medo, tão cedo não vou expor
ultimamente tudo o que eu sinto é dor
velho caderno, vai ficar entre nós dois
vou rir agora e deixo pra chorar
[verso 2]
deitei, mas não dormi; tentei, não consegui
gritei pra alguém ouvir, rezei até enjoar
falei, ninguém ouviu, tomei três rivotril
pensei: “me sinto frio, porra, eu tenho que mudar”
desconto em anfetamina, sensação que mina a mente
de repente muda o clima e eu me sinto diferente
isso não é pra mim, porra, eu nunca fui assim
que se foda, põe a máscara e vai até o fim
sozinho, gelado, me sinto jekyll n hyde
um lado me fala: “calma”, o outro: “foda~se, vai”
confusão, na cabeça uma tortura, loucura sem cura
arranco as atadura, criador ou criatura?
não sei, acostumei com essa névoa de pecado
com o coração vazio, mas de raiva sempre lotado
sangue quente na veia, quimicamente alterado
seguindo maquiavel, melhor temido do que amado
às vez me pego pensando umas fita estranha
eu não arrego, mas me irrita essas barganha
troca de interesse, piso em ovo no escuro
de novo, a única troca que eu sei era trocar murro
pra quem é do interior, esse mundo é esquisito
e tu vê que o exterior já não é lá tão bonito
que tudo aqui é fútil, falso, fácil e à toa
se eu não confio em mim, muito menos nas pessoas
[refrão]
escondo o medo, tão cedo não vou expor
ultimamente tudo o que eu sinto é dor
velho caderno, vai ficar entre nós dois
vou rir agora e deixo pra chorar depois
escondo o medo, tão cedo não vou expor
ultimamente tudo o que eu sinto é dor
velho caderno, vai ficar entre nós dois
vou rir agora e deixo pra chorar
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