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lirik lagu krayy - não nasci para isto

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(verso 1)

sou dos que corre por gosto ma cansa~se sempre
o que ocorre em agoste morre em setembro
sou o fim do mês no dia é 1 até que chegue o 30
se vem mais um dia é um 31 ate que chegue a guita
matemática da vida equações de segundo grau
para que não divida a vida entre um degrau
na casa dos 20 sem um vintém tchau
eu vim para abrir com requinte esse vinho tão mau
sou dos que corre por gosto mas nasceu cansado
o sono só é valorizado em quem não sonha acordado
gritam que a produtividade é a única verdade
num sistema que te ensina que amanha é sempre tarde
precarizado vulgarizado
entras mecanizado e sais calado
silenciado por um chefe que nunca foi empregado
e se falares ha mais 50 para o lugar que foi deixado
que se foda emigração só quero uma habitação
com limitação de preços sem imitação
capitais são interesses de uma inflação
habilitação dispenso se a intenção
for um emprego desses onde me impeçam
de ter direitos onde só vem deveres
ate parares de ver direito porque so mandam fazeres
eu levo a peito o conceito de de tu teres
uma vida onde és sujeito a trabalhar para não viveres

(pré refrão)
isto é tudo que eu nunca disse
um sufoco sem gritar vais
falar~me em compromisso
quando tudo é um compra e se não cais
eu já fui tudo o que nunca quis
cansei dessa espera de ser feliz
a vida da voltas mas não desisto
em dar voltas à vida porque eu

(refrão)
eu sinto que eu não nasci para isto
nasci para viver e não para sobreviver
a rotina das 7 as 7 ate aos 67 que repete pros meus netos
porque parar é morrer

eu sinto que eu não nasci para isto
nasci para viver e não para sobreviver
1 folga por semana fim do mes ser sempre um drama não engana
porque parar é morrer

(verso 2)
sou dos que corre por gosto mas diz basta
geração a rasca arrasta e no fim gasta
tempo numa tasca com a casta e um filho de pasta
a pedir uma baixa e uma casa com vinho de caixa
sou um futuro pai sem sustento antes dos quarenta tenta
não criar numa tenda um filho que argumenta
que não ostenta na escola a marca na camisola
não chega dar uma bola se a bota não assenta
sou dos que enfrenta um patronato sem mecenato
o meu contrato é um retrato abstrato do meu status
doutor sem assinatura de medico eu constato
que um ordenado médio é assédio do meu lado
o meu prato académico é o tédio de um palato
que me come anémico nem um crédito tem chegado
eu mantenho cético sobre quem nos tem governado
pois não sinto mérito em ninguém que tenha votado
a justiça abstrai crimes fiscais
ate encardimos os colarinhos dos tais
que me metem a mão no bolso sem pisarem passeios
mas que roubam sem receios os demais e com paleio
os meus filhos vão dizer juros antes do nome do pai
sera que os devia chamar bes ou um dos nomes que sai
nas noticias e os policias não prendem o nome que vai
porque aprendem certos nomes rendem abono que cai
(pré refrão)
isto é tudo que eu nunca disse
um sufoco sem gritar vais
falar~me em compromisso
quando tudo é um compra e se não cais
eu já fui tudo o que nunca quis
cansei dessa espera de ser feliz
a vida da voltas mas não desisto
em dar voltas à vida porque eu

(refrão)
eu sinto que eu não nasci para isto
nasci para viver e não para sobreviver
a rotina das 7 as 7 ate aos 67 que repete pros meus netos
porque parar é morrer

eu sinto que eu não nasci para isto
nasci para viver e não para sobreviver
1 folga por semana fim do mes ser sempre um drama não engana
porque parar é morrer


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