lirik lagu kodak ninja & urso em mandarim - o sono maduro do cacho
cova pra ansioso é cavada com as mãos
por que eu não tenho sono?
cova pra ansioso é cavada com as mãos
giro de um lado pro outro
e entro em pânico, pânico, pânico
por que eu não tenho sono?
cova pra ansioso é cavada com as mãos
giro de um lado pro outro
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
chaves inseguras
atrás do cínico rosto que me foi sequestrado
já não colho o sono maduro do cacho
exaustivo arquipélago da insônia
eu que tenho o dorso suado dos homens
e as amarras de sangue
de um demônio inquieto, obscuro
com animais de patas brutas dentro
das pálpebras de algodão e pedra
sem ânimo frente ao espelho
eu vi o falso rosto de cada dia nos dai hoje
eu péssimo ator de si mesmo
por que eu não tenho sono?
cova pra ansioso é cavada com as mãos
giro de um lado pro outro
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
e entro em pânico, pânico, pânico
por que eu não tenho sono?
cova pra ansioso é cavada com as mãos
giro de um lado pro outro
e entro em pânico, pânico, pânico
por terras ociosas
eu ja tomei um vinho
mas eu juro que queria fino
mas eu juro que queria fino
por terras ociosas, tédio lamacento
os olhos escuros no que sabem
solitário animal insone
entre a cova e a forca
os que dormem não percebem
esses fantasmas arcaicos
sussurrando amarras
sobre meus gestos
colocando mais nós nessa alma atada e seca
flores feridas no útero
de uma mandíbula quebrada
blocos de pedra amedrontada
sobre os detalhes do rosto
fisionomia da culpa
fugindo da cruz
eu trago uma âncora crucificada
e os pés que fazem vinho (e os pés que fazem vinho )
eu tenho as mãos furadas
e tudo é tão líquido (eu sempre tô)
e tudo é tão líquido (eu sempre tô)
fugindo da cruz (eu sempre tô)
fugindo da cruz (eu sempre tô)
fugindo da cruz (eu sempre tô)
fugindo da cruz (eu sempre tô)
olhando pra baixo como um enforcado
eu que tanto tombei
nesse chão traumático de arame e sal marinho (eu sempre tô)
crescendo vascular
rente aos espinhos fúnebres
abandonei a fantasia ingênua (eu sempre tô)
como se abandona um formigueiro cardíaco
no silêncio paranoico
de um desastre hei de morrer
sem dizer a palavra socorro
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