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lirik lagu gigante no mic - a loucura dos sábios

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[verso 1: gigante no mic]
vou começar processando a informação
tá achando ruim me processa por tá sendo metafórico
na era do alimento processado
eu também processo os dados por tá num processo histórico
camponeses são a base das cidades
agricultores são mantenedores da humanidade
acampo várias vezes bem longe da claridade
pra contemplar estrelas ao vê-las com intensidade
poetas são profetas de proveta
quem paga de sargento se não for vai pra sarjeta
quando vender sua alma num negócio com o capeta
o iml compra o corpo num contrato de gaveta
a vida é puta e eu fodo ela antes de morto
seu hábito te fode na sua zona de conforto
é proibido estacionar no tempo
o sentido da vida é pra frente mas não deixe de sentir o vento
sinta seu próprio peso
sobre o chão que você pisa
valorize cada p-sso
que o corre se valoriza

[verso 2: fabio brazza]
não é sobre ter fé é sobre quem você é, levei um tempo
e descobrir que “deus não está no templo, esta no exemplo”
eu vi homens fiéis serem cruéis e desonestos
eu vi homens ateus honrando deus com os seus gestos
sabedoria não é o tanto que você sabe
muito menos um adorno do ego pra que você se gabe
um sábio não é aquele que sabe mais
mas aquele que sabe o que faz mesmo com o pouco que sabe
use a inteligência que lhe cabe para próximo
aprendemos para isso do contrário é um paradoxo
desconfio do pensamento ortodoxo
conhecimento é um instrumento, mas sem discernimento é tóxico
não deixe enganar-se é para elevar-se
não é para dominar o outro, mas para dominar a si
de que adianta ser um gênio
se usa seu neurônio pra fabricar bombas de plutônio e de hidrogênio
vivemos num milênio
onde a bondade é vista como burrice e a maldade é motivo de premio
não existe ninguém inferior
a não ser aquele desprovido de amor que pensa que existe alguém inferior
seja quem for por trás da cruz ou da túnica essa é a verdade única
ninguém esta imune, a morte é o que nos une ta
pra não viver de forma súdita, cultivo a dúvida
e a minha única súplica é poder morrer de música

[refrão]
liberdade pura só sente quem sentira o poder do vento
por isso que os mensageiros não mais pregarão nos templos
a verdade dura pra sempre, a mentira só um momento
por isso que os verdadeiros se revelarão com o tempo!

[verso 3: kivitz]
pra ser louco é bom tá sóbrio
sem roupa de artista na cena, sensível ao vento
de front pro leão nessa arena, sem medo de nada
com o pote vazio de moeda, a fome do mundo por dentro
fedendo a mijo, com a alma lavada
bagagem leve, descalço por respeito ao solo
alheio ao tempo: o ponteiro eu que trago no colo!
e desenrolo, né? crianças eu deixo em minha volta
formando a frota: mulheres garantem minha escolta
pela vitória de quem não dá lucro, quem nada vale
exigo um culto pela anarquia mais “originale”
bem-vindo à festa da praça, até a pedra é de graça
transformo água em cachaça… te faço livro, pô!
viu? o vento soprou. sentiu? o arrepio?
anuncio que o santo baixou!
acalmo as ondas, veja, o mar é um reflexo
parece raiva, mas é só amor… é só amor…

[verso 4: buneco]
há quem alimenta o ego pra vencer o homem
eu alimento o meu espirito pra poder vencer a fome
enquanto ela acrescenta buracos a mais no meu cinto
com a cabeça nas nuvens, se cair o mundo, eu levito
se não conversa sozinho, nem vem conversar comigo
não aceito balas de estranhos, nem conselhos de amigo
eu deixo a vida me levar até a morte me buscar
não compro carro, eles não me leva onde quero chegar
e o que necessidade tem haver com aparência
enquanto a economia é o monstro sugando nossa existência
queimei curriculum pra escapar de um ciclo
onde tentei ser normal e acabei sendo ridículo
e percebi que vivemos -ssim sem perceber
vítimas de uma só interpretação sobre viver
aposto que posso seguir o fluxo ao oposto
como um fora da lei só negando o que me é imposto
e eu que contemplo um luar completo
nesse contexto eu me conecto
homem concreto, só me concentro
o mic é meu cetro, foda-se o resto
homem com templo é dormir com teto
não me contento, eu me contesto
aqui eu confesso não tô com tempo
eu tô com fé só e vou com verso
nem sempre eu venço, se não converso
não te convenço, não submisso, nem submerso

[refrão]
liberdade pura só sente quem sentira o poder do vento
por isso que os mensageiros não mais pregarão nos templos
a verdade dura pra sempre, a mentira só um momento
por isso que os verdadeiros se revelarão com o tempo!

[outro: dj gio marx]
minha loucura é a realidade
ou só a loucura do sábio que ainda sente o vento?


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