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lirik lagu fbc – cimento e lágrimas

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[intro]
amou daquela vez como se fosse a ultima
beijou sua mulher como se fosse a última
e cada filho seu como se fosse o único
e atravessou a rua com seu p-sso tímido
subiu a construção como se fosse máquina
ergueu no patamar quatro paredes sólidas
tijolo por tijolo num desenho lógico
seus olhos embotados de cimento e lágrimas

[verso 1]
dracmas do cuzão no suco
curtindo pacas, litoral de pernambuco
esmola, cesta básica
pela desgraça física
sua ambição faminta é tão nítida, só visa lucro
nasceu pobre, zuar é prejuízo
manda quem pode, obedece quem tem juízo
“não senhor, sim senhor”, é sempre humilhante
quem não se adapta tá no crime ou de aviso
fácil não dar queixa, sem profissão, queixa
quer estudar, mas chega tarde o corpo não deixa
como disputar emprego com playboy
acorda tarde, faculdade, casa própria, herdeiro de merda
a empreiteira cobra produção, p-ssagem, café
suas horas calado em pé, pra no acerto te roubar, pr-nto
sujar sua carteira em três meses por apenas 700 conto
a nova escravidão te dá pis, fgts, diz:
“morrer por nada te faz feliz?”
oportunidade só se for na boca, aos 13 o primeiro diploma
tatuagem: vida loka
o mal estar entregue, a paz acesa trague
por me deixar a margem aceite meu “deus lhe pague”
o mal estar entregue, a paz acesa trague
por me deixar a margem aceite meu “deus lhe pague”

[refrão]
por esse pão pra comer
por esse chão pra dormir
deus lhe pague
por me deixar respirar
por me deixar existir
deus lhe pague
a certidão pra nascer
a concessão pra sorrir
deus lhe pague

[verso 2]
o desgraçado do poder me trata como lixo orgânico
amontoado no ceresp mais um número
pratico aborto, corpo indigente
infelizmente essa é bh eu e mais dois no túmulo
mesmo sem querer é fácil se envolver
a necessidade pede, não, não, não te manda resolver
revolver, saída, seu filho quer comer
o aluguel tá atrasado e o adianto é botar pra foder
vai na lan house base fraca na carta de trabalho
servente, currículo ridículo, sem pitágoras, amargarás canteiros
seis meses meio oficial, será que um dia eu viro pedreiro?
talvez porteiro na loja da leroy
pé de porco defendendo o patrimônio do playboy
na porta da boate 12 hora por noite, baba do cracker
muito louco de bala e de doce
bem aquilo que o edi quis falar:
ninguém vê sair, ninguém escuta chegar
não sei qual é pior: a coragem ou medo
viver do tráfico ou ter que acordar cedo
azedo mentalmente, corpo calejado
ganhando o boy na repsol 357 cano refrigerado
eu também só queria um terreno no mato, sem luxo, descalço, mas não
aqui pra ter um lugar eu tenho que trocar com o choque armado até os dente na treta da reintegração
o brasil não me dá opção, saúde, educação digna
instrução ou qualificação básica, trágica visão, lástima
me deixaram entre a boca e a construção
c-mbuca sem mistura, só arroz e salame
vertigem dá fraqueza, outro que cai do andaime
este é o mórbido índice de quem come feijão com arroz como se fosse um príncipe, han
isso me deixa puto, por minha caía o centro administrativo, não o viaduto
dá vontade de surtar pra justa causa me lixar, entrar no office de boxe na puta do rh
bh um grande canteiro de obras, no topo demolays na base m-ssa de man-bra
vista por esse ângulo
se depender de mim sua pirâmide vira um losango

[refrão]
por esse pão pra comer
por esse chão pra dormir
deus lhe pague
por me deixar respirar
por me deixar existir
deus lhe pague
a certidão pra nascer
a concessão pra sorrir
deus lhe pague


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