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lirik lagu dez & xtinto - hiphopcondria

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[verso 1: xtinto]
sempre fui hipocondríaco, com a mania que o
meu cérebro era um parque maníaco
vejo a azia da sebenta, ‘tou em estado crítico
febre nos quarenta, olha para o meu estado físico
sou o tal obeso, sk!ll proporcional ao peso
o que vale é que o tratamento neste caso não tem preço
penso que vou buscar o soro, meto os fones nos ouvidos
ataco o beat como um touro, p’a mim barras são comprimidos
até perder os sentidos tomo 16 de cada vez
eu ouço os teus latidos e mato 6 em cada 3
não me vês alucinar, frenético noutro nível?
com este beat a vibrar, epilético fotossensível
sintoma indescritível, ‘tou de coma induzido peço
morro pela falta e não me atinjo pelo excesso
que até me faz falta, faço o quê se isso me anima?
sinto-me fraco e a ficar sem stamina
a catamina que te anima é muito diferente da minha
‘tou à procura da cura na curva de cada linha
dói-me a coluna, a espinha
corcunda é oriunda duma zona profunda onde a tua mente afunda
e a minha abunda então meto a segunda em vão
tou doente mas não quero cérebros em segunda mão
inspiração, eu escrevo 4 folhas num trevo de 4 folhas
tudo em construção, alter egos são 4 trolhas

[refrão]
peço conforto no corpo, desfoco no dia-a-dia
devo andar a dar em louco, sufoco na melodia
loucura contagia
não quero morrer da cura que apura a hiponcondria

peço conforto no corpo, desfoco no dia-a-dia
devo andar a dar em louco, sufoco na melodia
loucura contagia
não quero morrer da cura que apura a hiponcondria

[verso 2: dez]
chego a casa com cansaço, já se arrasta o paço
o que é que se p-ssa? já me p-sso
isto não p-ssa, o que é que eu faço!?
preciso de muletas!
na cabeça baquetas que aparecem que parecem cometas
“toma filho esta sopa de letras
só coisas boas nada de tretas
caldo de sam, valete e outras vedetas
isso é obviamente a febre das canetas”
o ben-u-ron é mil, estou febril
claramente mentalmente débil
isto é sk!ll a querer seguir o rumo
como o fumo do black devil
era para sair a seguir, seguir p’ro zé
ligo p’ro xtinto mas sinto um pontapé
cada vez mais forte, não suporto
eu sei que é tinto
mas é fodido sair -ssim né!?
já nem vou beber café
estou c’a febre vou escrever, estou c’a fé
mas dá-me a fomeca, ligo à boneca
enquanto ela peca durante a queca
fico uma enxaqueca tipo quando viro canecas
pego nas quecas, corro para a biblioteca
pego na caneta, pego na letra que ela disseca
da minha mente sempre que apanho seca
fujo da realidade porque a sanidade breca
40 e uma beca
nunca estive -ssim, nunca vi em mim
estar tão certo de estar perto do fim
arde o meu suor, isto é rap hardcore
o melhor é que amanhã vou estar pior!

[refrão]
peço conforto no corpo, desfoco no dia-a-dia
devo andar a dar em louco, sufoco na melodia
loucura contagia
não quero morrer da cura que apura a hiponcondria

peço conforto no corpo, desfoco no dia-a-dia
devo andar a dar em louco, sufoco na melodia
loucura contagia
não quero morrer da cura que apura a hiponcondria

[outro]


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