lirik lagu dez & xtinto - em contra cultura
[verso 1: dez]
querem que eu encontre a nação, não vá contra a nação
mas encontra a noção que uma contra-ordenação
não conta na conta de quem não desconta um tostão
onde eu encontro um milhão
a gente desconta no pão para quem não o faz
e o vilão só vai para a prisão de alcatraz
pela propaganda que a televisão faz
trunfo na manga para a reeleição do rapaz
sabes como é que se congela um banco?
ou estás à espera que eu te diga?
o banco é salgado à moda antiga
e só não metem essa gente fina numa prisa da lisa
-n-lisa que é porque o duarte lima agrade com o visa da rosalina
eles são só cash, nós somos só cacos
éramos macacos na selva de sócrates
isto parece o faroeste, no faro e no este
no porto e no resto, já não resta ninguém que preste
ninguém com modéstia, népia
só no rap é que a palavra é médica
nas ruas e ruelas, em todos os cantos
nas favelas a salvar-nos desses cancros
e nós estúpidos entupimos os canos
[refrão]
palavras são armas ousadas, usadas por manos
p-ssas de contos de fadas p’ro fado das fardas
e enquanto enfardas com o peso dos impostos
engordas os teus bosses com notas postas nos bolsos
palavras são armas ousadas, usadas por manos
p-ssas de contos de fadas p’ro fado das fardas
e enquanto enfardas com o peso dos impostos
engordas os teus bosses com notas postas nos bolsos
[verso 1: xtinto]
olho por olho, dente por dente
cegos e desdentados, rege-se -ssim o estado
formatados a ser falhados
somos escravos contemporâneos
sem m-ssa verde p’ra encher os bancos
e sem a cinzenta p’ra encher os crânios
cego -ssim nomeias ladrões para -ssembleias
que te roubam os sapatos p’a dar calçado às centopeias
espero que -ssim vejas que rap não é política
eles são pagos para mentir, aqui a verdade é gratuita
na cidade a sorte é fortuita, a morte batuta
com a puta da vida a ser vivida sempre numa luta
‘tás mal estacionado, voltas ao carro com multa
‘tás de rastos, não é o estado que te vai pagar consulta
caminhos são traçados com comp-ssos, eternamente às voltas
que o pedro nunca deu p-ssos e o paulo nunca deu portas
qualquer banco te vira as costas neste país de lambe botas
nunca hás-de mancar as notas, topas?
trocas rendimentos por botas da tropa
só na final da liga europa é que tu viras patriota
metes baixa no trabalho por birras e catotas
peste do faroeste no protesto mas nunca votas
[refrão]
palavras são armas ousadas, usadas por manos
p-ssas de contos de fadas p’ro fado das fardas
e enquanto enfardas com o peso dos impostos
engordas os teus bosses com notas postas nos bolsos
palavras são armas ousadas, usadas por manos
p-ssas de contos de fadas p’ro fado das fardas
e enquanto enfardas com o peso dos impostos
engordas os teus bosses com notas postas nos bolsos
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