lirik lagu dez & xtinto - alter-egos
[verso 1: xtinto]
tenho os meu alter egos espalhados por 4 cantos
se calhar até estão cegos e trancados num quarto, vamos
arranjar um motivo para os vidros que parto, estamos
à beira de um par de estalos que minimize um par de danos
mato tantos pensamentos, é a minha tara doentia
repara que eu nem devia dar a cara como a sia
pôr a cargo da maddie ziegler, demência a emergir
mas ter cuidado porque maddie´s têm tendência pra fugir
tem paciência podes ir, agora ‘tou pela metafísica
não tenho uma meta física, minha mente é mega lírica
ok, mando tanto como o próximo mano
e o meu próximo plano é estar mais próximo mesmo
sinto que é tóxico temo ‘tar sóbrio do teu veneno
e é óbvio que o meu relógio esconde o óbito no tempo
e já é hábito o vento ser rápido, mata e tudo
toma uma atitude de larga magnitude
[verso 2: fella]
não resumo aquilo que sinto àquilo que pinto
na garganta, tinto, uma fatia da vida eu trinco e minto
e sem saber o que fazer, sou o que vou escrever
e sem saber viver, vivo para me perder
entreter a dor para não doer
sofrer sem me aperceber do que se p-ssa, sem saber crescer
trarei a mágoa e a tragédia, o terror e a comédia
uma peripécia, e deus mede-a
intenso, imenso, afogado no incenso
não estou feliz, mas tento
calado num silêncio, nervoso e tenso
sou sangue e penso, sou escuro num lenço
vazio num lugar onde não pertenço
com senso eu venço, aqueço a minha mente
relembro tanto tudo, e sou sortudo
e cada vez mais mudo, corro e luto sem querer estatuto
só o meu estudo, enfrento a batalha sem querer um escudo
[verso 3: dez]
falta parte de mim, parte da arte parte de mim
ao encontro do conforto e eu conformo-me com isso
conforme a alma dorme num piso uniforme do beliche
alguém que me belisque que eu tenho fome disto
alma volta! acalma a revolta do trauma que tu notas
é falta de tirar notas
eu não suporto, cago nas modas e exporto
transporto transpiro… letras p’o papiro, viro a folha, tiro a rolha
crio uma bolha mental
tal a dimensão da inspiração
inspira, são neurónios em liquidação
na junção da neurose com a cirrose
overdose de letras precoce, e já me coço
e posso estar a um paço do pano branco
mas não! ‘tá sã a minha mente
queria estar insano sempre, doente, meramente
porque a minha mera mente
se esmera sempre felizmente a gera sente
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