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lirik lagu deau - longa vida ao rei

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nova gaia, grande porto (nova gaia,grande porto)
escuta!

fecho os olhos gostava tar longe disto
na terra dos filhos de deus todos sofrem como cristo
o céu é para lá das nuvens e eu resumo:
o teu olhar é no paraíso debaixo dele putos fazem nuvens de fumo
fornecedores têm quilos de notas pretas quando abrem bancas
com gramas que deixam as notas dos 500 brancas
darwin falou em evolução da espécie, esta é macabra
homens nascem com a ponta dos dedos em mola e pés de cabra
ao pé de cabras, mostram pasta pra brincar à cabra cega
elas abrem o olho porque por pasta nenhuma cabra é cega
corpos, bons com o milho com cabeças com entulho
saltam como pipocas nos carros que fazem mais barulho
donos da rua tratam como vacas donas de casa
habituam-se querem corpos bons, deixam-nos com cornos na cara
na minha zona aos 14 querem ser o ronaldo
a partir dessa idade crescem querem ser como álvaro
queres ser grande né? não te desequilibres é…
quantas balanças mal calibradas, sobem-se com calibres
na invicta a noite é branca branca sem anjos da guarda guarda
todos irmãos, mas nunca há mano a mano e amor com amor se paga (paga)
há foguetões com agulhas no chão de cada rua
que fazem crateras na veia e levam homens à lua
em discotecas vão ao extremo quando o corpo não alinha
dão para extremos, vão cruzar ao fim da linha
vêm vagas de marés vivas, que abrem vagas pra marujos
operários da esquina, uniformes limpos, dinheiros sujos
heróis que dão a volta ao mundo com a garganta na corda
línguas serpente, na rua na esquadra, línguas da sogra
queres saber o porque da paisagem?
porque paisagem sente a noção do que são…
e gerações geram imagens que vem no mundo
quando a corda lhes corta o cordão!
não tem sentido, o sentido lhes dão!
apontas, atiras ou a vida tirão
então tenta contar com quem tão a lucrar
da que contenta ou não se contenta
mantenho-me firme, eu não desisto
é com sangue e lágrimas que estas linhas eu registo
meu povo grita nas ruas: “deau fala sobre isto!”
terra de filhos de deus não querem morrer como cristo

pai nosso que estas no céu, escuta os teus filhos da terra
debaixo do céu cinzento, atrás dessa sopa de pedra
no teu reino existe uma regra, nas ruas não há lei
homens reinam… (tch tch pow!) longa vida ao rei (x2)

nascido e criado em nova gaia, grande porto!
a cidade dorme mas os homens não se lembram dos sonhos
tem personalidade vincada, linguagem marada
sacas navegam nas margens do douro, em barcos de papel de prata
portistas são dragões para la dos 90 de jogo
mas não é pela boca é pelas mãos que cospem fogo
pais tem braços de ferro de subir e descer vigas de aço
falam com voz grave,de subir e descer copos de bagaço
só não sobem na vida porque vícios gastam o maço
e lhes descem rendimento na escola, falta-lhes ferro e cálcio
tenho sócios que nunca cresceram com a merda de um abraço
nem perceberam o que queira dizer faz o que eu digo não faças o que eu faço
onde eu paro os mais velhos paravam no rock’s
os carros deles quando p-ssavam bombavam carl cox
dançavam com rodas, pastilhas e cápsulas
eu tinha luzes nas tilhas, drogas eram pastilhas elásticas
hoje em dia já nem todos correm da mesma maneira
com a família e carreira, em custóias ou paços de ferreira
la dentro contam os dias e ficam a espera
que os familiares levem droga nos molares quando os visitam
são tempos difíceis a maioria torna-se frágil
as esquinas são “cofidis” a.k.a dinheiro fácil
notas que há um baralho de notas pra te deixar baralho
gajos armados em maus nas ruas não deviam andar mal armados
eu convivi com indivíduos com vidas divididas
entre as dúvidas e dívidas devido as intrigas
enquanto contas esperam, quantas vidas se geram?
com 0 na bolsa, gelo na conta, peso no dorso, baba na montra
ouço barrigas roncar sem refeições tomadas, vejo luzes apagadas
não há energia nas tomadas, putos querem contos de fadas
com barras de conto, eu vi com ponto horas extras há clientes extras na horas de ponto
eu quero ser pai de um filho ama-lo e mima-lo dar-lhe uma psp
sem ter a psp acorda-lo, alimenta-lo com caldo verde
e se ele vir um amigo sem papa a não ser porque o papa dele droga é o caldo que vende
eu bem os vejo p-ssar em carros quitados, com mais cavalos, vidros fumados
luzes, néon’s dos lados, pára-choques rebaixados, parados a exibir a máquina na bomba
com o rádio ligado a mostrar que o subwoofer bomba
eu paço por eles a pé com orgulho na tromba
se me vires bem é porque estudei ou porque meu rap bomba
homens viram o futuro por um canudo apostaram em canos rasos
eu fiquei nos estudos para que o canudo me oriente e me leve a outros lados
mantenho-me firme eu não desisto é com sangue e lágrimas que estas linhas
eu registo, eu grito na ruas, meu povo escuta isto:
filhos meus vão viver como deus nem que eu morra como cristo!

pai que estas na terra escuta o filho que tens ao colo
pedir-te amor amizade, honra e força pra plantar no solo
com as lágrimas que eu ch0r-i, sente as vidas que eu sarei
dá longa vida ao rei!

pai que estas na terra escuta o filho que tens ao colo
pedir-te amor amizade, honra e força pra plantar no solo
com as lágrimas que eu ch0r-i, sente as vidas que eu sarei
dá longa vida ao rei!

nah,dá longa vida ao rei!
nah,dá longa vida ao reeeei!
nah,dá longa vida ao rei!

nah… dá longa vida ao rei!


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