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lirik lagu chat grp - pedro gato

[verso 1]
alentejano de odemira
mas no almograve há uma rapariga que admira
gosta dum belo tinto, gosta de petiscar
então comprou uma galinha para a depenar
depenou e esventrou e depois de arranjada
levou para a tasca onde a moça trabalhava

da galinha fez~se banquete
do vinho ficou mais quente
soube~lhe bem a galinha
ver a moça arranjada
pouco ele sabia que a galinha estava estragada

indigestão alimentar
lá teve que ir para o hospital refrеscar

[refrão]
pedro gato, pedro gato
ai que raio dе gaiato
pedro p’la mãe
e gato pelas vidas que tem
gato pelas vidas que tem
gato pelas vidas que tem
gato pelas vidas que tem
gato pelas vidas que tem
miau, miau
[verso 2]
lá em odemira, trabalhava como mecânico
qualquer um que a trabalhar o vira , diria que era tântrico
a arranjar um jipe dum estrangeiro
ia bebendo água com gás

mas dentro da garrafa estava medronho caseiro
bebeu e bebeu até cair p’ra trás

jipe arranjado
mecânico fechado
grande bebedeira
a subir a ladeira

noite de inverno
chão escorregadio
brieza dum cabrão
pedro gato caiu

lá ficou estendido
com a bebedeira que carregava
juntando a hipotermia
era ali que ficava

não
lá encontrado
levado para o hospital a correr
pedro gato, para o aquecer

[refrão]
pedro gato, pedro gato
ai que raio de gaiato
pedro p’la mãe
e gato pelas vidas que tem
gato pelas vidas que tem
gato pelas vidas que tem
gato pelas vidas que tem
gato pelas vidas que tem
miau, miau

[verso 3]
lembrando o jipe do estrangeiro
pegou nele vai ver se anda bem
atrás do volante assentou o traseiro
e vai~se ver o que é que o jipe tem
para a ponte se dirigia
ai como ele conduzia bem
acelerou um bocadinho
travar é que não, travões não tem

sem nada poder fazer
seguiu sempre em frente
quem diria que um jipe voava
para o espanto de muita gente
caiu da ponte
numa árvore, ao contrário
não se magoou um bocadinho
sortudo dum raio

[verso 4]
d’um lado para o outro na sua oficina
sempre na picaria com o seu ajudante
trabalhando ficou coberto de gasolina
sabendo como ele é, deveras preocupante

o ajudante vira~se e diz:
‘’agora puxava~te fogo’’

se não fosse o pedro gato
uma pessoa afastava~se logo
mas pedro responde:
‘’não és homem, não és nada’’

pedro gato, pedro gato
deste a resposta errada
hesitou um momento
estavam os dois em pé

pedro gato é judião
e judião o ajudante é

uma tocha humana iluminou a oficina
durante uns momentos parecia uma usina
mas não foi desta vez que o gato ardeu
e mais uma vez ao hospital se rendeu

e houve comentários de quem o visitava
que parecia uma múmia
e que cheirava a linguiça assada

[verso 5]
ia muitas vezes para o almograve
acabava a petiscar e a beber
voltava de volante, estado grave
mas nunca chegou a bater

‘’o carro sabe o caminho’’
dizia sempre folgado
e nunca tinha batido
mesmo quando tombado

um amigo preocupado
insistiu para poder guiar
o pedro, cedeu ao pedido
que não era costume deixar

foi nessa noite que aconteceu
esgotou a sorte que deus lhe deu
não por sua mão, mas por mão de outro
o acidente fez dele morto

[outro]
a tristeza equipara~se apenas à ironia do destino
descansa em paz, pedro gato, meu primo

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