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lirik lagu carolina costa - dissecação: slow j

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agora diz-lhes que normal é ser quem são” – portus calle

joão baptista coelho, rapper, produtor, músico e acima de tudo “criador de boas vibes”. esta última é a maneira como o próprio slow j se descreve e como pensa influenciar os ouvintes através da sua música. com apenas 24 anos já tem o reconhecimento de grandes nomes do hip hop nacional que garantem que este é o futuro do rap português

“e paro a caravana ao lado do sado” – caravana (remix)

nascido em setúbal, desde pequeno que se interessa pela música. com alguns amigos da escola criou uma banda de punk rock onde tocava guitarra e mais tarde, no seu décimo e décimo primeiro ano, uma banda de metal. à parte disso, a sua obsessão só se manifestou quando se apercebeu que ao sacar um programa de música da internet, podia gravar e aprender no youtube como é que este funcionava. a partir daí começou a produzir instrumentais e só mais tarde se aventurou para a escrita

“mas lá p’ra sétima mudança o sentimento é claramente bloqueado pl’a cabeça” – comida

dos oito aos vinte anos p-ssa por dez códigos postais diferentes, o que também acaba por fazer da música um tema de conversa fácil para se integrar nas diferentes escolas onde andou. a mudança do estilo mais “hardcore” para o hip hop deu-se de uma forma muito natural, visto que este estilo não lhe impunha limites e era onde slow j se sentia mais à vontade para explorar diferentes sonoridades. através da sua música conseguimos distinguir uma mistura de soul, r&b e hip hop, algumas das características que o tornam único

“não isto não pode ser poesia, não foi escrito nem revisto numa academia” – pai eu

mais tarde, apercebe-se que quer seguir esta área e tem oportunidade de estudar engenharia de som em londres. esta ideia surgiu porque o pai tinha medo de ter um filho músico então decidiram que o curso era um bom meio-termo para este poder continuar a fazer o que mais gostava. durante os dois anos seguintes, ao mesmo tempo que frequentava as aulas, j também produzia e compunha em casa e com amigos, utilizando os conhecimentos adquiridos no curso

“eu sei dessa tua escola que amordaça o meu grito, adormece o que eu sinto” – o cliente

considerando o curso muito teórico, em 2013 interrompe os estudos e volta para portugal com o objetivo de pôr em prática tudo o que aprendeu. batendo de porta em porta, literalmente, encontra a big bit studios onde começa a estagiar e tem a oportunidade de conhecer grandes nomes no panorama do hip hop português sendo um deles o nbc, com quem vai trabalhar e ajudar na produção do álb-m

“o objetivo embora empírico é contar uma história” – o objetivo

com inspirações desde manel cruz a hemingway, p-ssando por nach, que afirma ser o seu rapper favorito, slow j pretende mostrar uma nova visão sobre o hip hop e começa a trabalhar num projecto a solo. the free food tape, o seu primeiro ep, é-nos apresentado em 2015 como que caído de pára-quedas e vem de certo modo revolucionar o hip hop português, começando uma era em que não só se valoriza mais o conteúdo e reflexão nas músicas como também o instrumental destas, subindo o nível da fasquia

“tão puro como acordar no futuro e ver um mundo que reflita quem eu sou” – tinta da raiz

o facto de slow j não ter medo de ser diferente e de mostrar também o seu lado mais vulnerável mostra-nos a diversidade do seu talento e que não o devemos colocar numa caixinha. inovação é uma palavra que define muito bem o seu trabalho pois este aventura-se em vários géneros musicais e com certeza ainda tem muito para nos surpreender

“eu quero a família à volta da mesa” – vida boa

entre 2015 e 2016 pisou inúmeros palcos, primeiro apenas com dj e depois na companhia de francis dale e fred no instrumental. desde o lisbon dance festival até a festivais de verão como o super bock super rock ou o meo sudoeste (como membro da curadoria orelha negra), j despeja a sua energia em palco e faz justiça à música que inspirou tantos fãs

“a gente faz isto, é só por amor” – cristalina (live)

p-ssado dois anos desde o lançamente do ep, dia 17 de março apresenta o seu muito esperado álb-m, produzido e interpretado pelo próprio. este vai ser ouvido pela primeira vez em concerto, como uma espécie de listening party aberta ao público. entre as catorze faixas quatro já são conhecidas, sendo estas: comida, serenata, vida boa e pagar as contas, esta última com a partic-p-ção de gson e papillon

“avô a cena é só fazer por gosto” – a origem

slow j é considerado por grandes nomes do hip hop português o “faz tudo”, isto é, além de rimar também canta, produz, mistura, entre outros. com certeza ainda vai dar muito que falar e enquanto houver gosto em fazer música vamos poder continuar a ouvir o seu trabalho


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