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lirik lagu capicua - souvenir

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[intro: capicua]
sejam bem~vindos à cidade sem memória
o nosso arrepiante parque de diversões onde ninguém habita
mas é bem~vindo quem visita
temos vinho do morto, pastéis do além e muito pastiche também
os comboios são fantasma
mas temos tuk~tuks, trotinetes e todo o tipo de traquitana
comprem já os bilhetes, seus sacanas
e não se esqueçam de passar na loja dos souvenirs
thank you

[verso 1: capicua]
nós somos os fantasmas da cidade sem memória
os que já não pertencem mas recusam~se a ir embora
ficámos com os restos е os ratos nas vielas
ficámos com o lixo dos hotéis de 5 estrеlas
falamos entre nós a língua estranha das gaivotas
e somos como os pombos, damos nojo aos agiotas
vagamos pelas ruas e espreitamos à janelas
que as casas ‘tão compradas, não podemos reavê~las

[refrão: sopa de pedra]
nossa casa é souvenir
nossa mesa é souvenir
nosso fado é souvenir
não nos resta mais [?]
[verso 2: capicua]
nós somos os fantasmas da cidade sem memória
os que já não pertencem mas recusam~se a ir embora
nossas vidas estão pintadas nas fachadas de azulejo
nossas coisas são p’ra os outros objetos de desejo
as vitrines são bonitas mas não estamos no reflexo
fomos com a tralha para o fundo do anexo
cantamos por dinheiro o fado velho saudosista
que só entretém os ébrios, os beatos e os turistas

[refrão: sopa de pedra]
nossa casa é souvenir
nossa mesa é souvenir
nosso fado é souvenir
não nos resta mais [?]

[verso 3: capicua]
se não fosse a memória o que seria da cidade?
o acumular de sedimentos
a amálgama de sons, de corpos, de quotidianos
a sobreposição de camadas de tinta
a sucessão de desgastes e de restauros
é tudo feito da pura substância do tempo
sem passado nada sobra na cidade
apesar de nos venderem que a cidade é futuro, não é
quando a cidade perde a memória caímos todos ao chão
é orfandade
passamos avultos sem rumo nem propósito, almas penadas
nas cidades sem memória não podemos encostar os ouvidos às paredes porque tudo é de cartão como num cenário
nas cidades sem memória é a cidade que se abandona
está tudo ao serviço mas ninguém cuida ou é cuidado
ficamos todos, cada um por si, a ecoar no vácuo propagando o inaudível
e nem as lendas rezarão por nós porque as lendas também são memória
as cidades sem memória não têm costuras, é tudo colado a cuspo
até porque a memória é como um fio e sem um fio nada se cose
[bridge: sopa de pedra & capicua]
somos os fantasmas da cidade sem memória
os que não pertencem mais aqui mas não vão embora
somos os fantasmas da cidade sem memória
os que não pertencem mais aqui mas não vão embora

[refrão: sopa de pedra]
nossa casa é souvenir
nossa mesa é souvenir
nosso fado é souvenir
não nos resta mais [?]

[outro: capicua]
vinho do morto, pastéis do além
caixão de cortiça, não sobra ninguém
vinho do morto, pastéis do além
caixão de cortiça, não sobra ninguém


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