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lirik lagu capicua - naufrágio

apareceste do nada quando eu menos esperava
já não acreditava, vir a amar e ser amada
sim, a vida voltou a sorrir para mim
dá~se a mudança, dá~se o início e o fim
por amor, por vontade
paguei um preço elevado
nunca me arrependi de me ter apaixonado
mereci o teu sorriso por sempre lhe dar valor
em tua casa fiz um lar dando
o meu calor, a ótica e atitude na vida
era igual valorizavas o que eu considero essencial
havia atracão carnal e estimulação mental
fazias~me aproveitar todo o meu potencial
quanto mais me conhecias, mais gostavas de mim
fazias~me crer que era bom eu ser assim
cresci contigo, tornei~me alguém melhor
sentia que podia mudar tudo ao meu redor
cheguei a cantar que era grande o nosso amor
gritei a quatro ventos entre lágrimas, suor
até quando o cinzeiro cai ao chão e não parte
porque é posto, há prova sempre em toda a parte
até quando vale a pena acreditar
que o que nos é exterior nós podemos mudar
até quando vale a pena acreditar
que o que nos é exterior nós podemos mudar
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba

de viver assim, de mim
já estava farta gritei basta
amar~te afasta quem para o fundo te arrasta
mesmo que acabe contigo, que a vida perca o sentido
prova a ti própria que és dona do teu destino
como o amor nos faz negar ver a verdade
é capaz de nos roubar a paz, a liberdade
como nos faz carregar uma cruz que não é nossa
como em dez meses uma vida ele destroça
perdi o equilíbrio, quase destruí a vida
a dedicar~me a 100% a uma causa perdida
convencida que o amor seria a salvação
aguentei o degredo em segredo até à exaustão
em vão, dei tudo o que tinha só p’ra ver bem
hoje sei que não dependia de mim nem de ninguém
fui além do que me era permitido ir
até que um dia reparei o quanto era raro sorrir
autodestruição de quem amava tanto
a impotência perante o seu pranto
tornei~me uma sombra, um cinto de segurança
até que um dia morreu tudo, até a esperança
naquele inverno que não acabava
naquele inferno que aos poucos queimava
não guardo culpa, nem arrependimento
pesou menos a alegria do que pesou o tormento
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba

não tenho rancor agradeço o teu amor
não te desprezo mas não quero mais a tua dor
não me revolto contigo, mas com esta vida
que para ti foi madrasta
não te mostra saída
não te esqueças que tu és luz, força e coragem
só depende de ti atravessar p’ra esta margem
onde ainda estamos vivos, não vivemos perseguidos
apreciamos a pureza dos nossos cinco sentidos
ser bravo não implica nunca dormir com medo
mas ultrapassá~lo rasgando as malhas deste enredo
ser bravo não implica nunca dormir com medo
mas ultrapassá~lo rasgando as malhas deste enredo

abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
sai fora do naufrágio que o coração comanda
liberta a tua luz deixa que se expanda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba
abre os olhos e vê
levanta~te e anda
não é possível equilíbrio nessa corda bamba
(as palavras são como um cristal, as palavras. algumas, um punhal, um incêndio. outras, orvalho apenas. secretas vêm, cheias de memória. inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. desamparadas, inocentes, leves. tecidas são de luz e são a noite
e mesmo pálidas, verdes paraísos lembram ainda. quem as escuta? quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras?)

- lirik lagu capicua

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