lirik lagu buster alx - relatos
[verso 1]
não estou a contar histórias
ando a relatar vidas
de quem não te aproximas
apenas imaginas
imagina como seria
tu cresceres sem mãe
e o pai nunca te liga
eu dou a voz a esses
oprimidos censurados
ignorados pelo estado
o estado da situação
aqui nunca foi bom
mas eu batalho diariamento
sempre na linha da frente
eu não me escondo
aviso os meus amigos
com dois dedos no ombro
para eles não terem que ver
o sol a quatro dedos
a fome faz com que eles enfrentem todos os medos
cara tapada
carro na estrada
reza ave maria
hoje vai haver fezada
e caso dê para o torto
não tragas nenhum morto
ou a família cai~te em cima
com o seu maior desgosto
e cortam te o pescoço
como se fosses uma galinha
caso te falte algo
bate a porta da vizinha
o teu braço esta inchado devido à creatina
uma mente criativa
cria uma perspectiva
mesmo fechado num quarto
há quem não parta um prato
mas veste o fato macaco e sai durante a noite
sobre bases criaram estruturas
projectaram belas vistas
artistas pegaram nessas “bases”
viraram cientistas
faz parte da realidade
eles só tem os pés acentos no chão
devido a gravidade
claridade aqui é dada
pelas chamas do inferno
aqui não há verão
todo ano é inverno
todo ano é inverno
“onde é que tens andado?” “onde é que tens andado caralho?”
“não, não, onde é que tens andado?”
“onde é que eu tenho andado?”
[verso 2]
tenho andado a observar
relatar toda a visão
da má degustação nos dada pelo adão
da costa a beira rio
(onde) a prata vale mais que ouro
e o desafio é sobreviveres só com o mínimo
ordenado ou então tentares enriquecer
sem seres mais um detido na árvore geneológica
nem tudo tem lógica, por isso, tu não te iludas
com o beijo de judas
as paredes têm ouvidos
cuidado a quem sussuras
lá vai ela a donzela
perdeu o seu sapato
não virou a cinderela
apanha boleia
no meio da avenida
em casa diz à filha:”anda de cabeça erguida”
água
é o que se ouve todo o dia
monotonia da rotina
sem filantropia
suportado pelo vandalismo da polícia
onde é visto ao contrário
quando é dado na notícia
há muito olho gordo
a ver pelo olho de vidro
a meter bófias em casa e a chamarem~te de chibo
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