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lirik lagu bag - bêco

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(1º voz off)
os sonhos nascem de sonos imperiais e dias intemporais
erguem-se epopeias, personalidades, aspas e vitórias
fazem-se na efemeridade da vida, na dúvida do impossível
levam-te a erguer marcos e paredes, que te marcam com cicatrizes que contarás com orgulho
então, deixem-me contar-vos algo, que eu espero que venha a ecoar
pela eternidade…

é a nossa marca, claro que é a nossa casa
sangrámos suor e lágrimas p’ra isto ser a nossa barca
como a gaivota voa no ‘e’, nós embarcámos com garra
e quando falha o plano a sabes que é o b que agarra
não depende de fama fácil é um misto d’arte
e p’ra mim estudar-te é algo em que eu vou misturar-me
temos um pó mágico guardado, criamos mitos, claro
somos dos melh-r-s em cada área, por isso funcionámos
vais ver um boom no mercado, então aplaude!
sozinhos criámos a máquina que torna sonhos, realidade
só tinta e inspiração divina e arte criativa fazem parte
desta mística planeada p’ra durar uma eternidade
apela à fria fragrância, poesia dança contigo
e cria laços de infância com uma imagem linda
a instância progride com a douradora tribo que alcança
os céus infinitos na esperança de ver o brilho
é a prova que nascemos p’ra isto e vivemos disto
as paredes erguem-se connosco e os sinos tocam ouvidos
a cidade não dorme e os becos vão-se construindo
e encurralam gigantes intrépidos desde a altura de david!

(2º voz off)
e quantos heróis vêm numa história sem sangue, suor e lágrimas?
e quantas histórias se contam sem paredes?
elas vivem dentro de nós e nós dentro delas
elas moldam-nos e graças a elas aspiramos ser imortais
deixem-me dizer-vos o que significam para mim…

estas paredes escondem medos e promessas de grandeza
e efemeramente viram tempos de pobreza, mas viraram
dentro delas vive a mente que só eu conheço
onde me afogo em pensamentos, e grito
os mantimentos já esc-sseiam!
elas fecham-se em poemas
elas deitam-se com eles p’ra que os sonhos virem lemas
as paredes elas tremem e afastam portas e janelas
e a ínfima possibilidade de haver vida fora delas
enterrem-me com elas, nunca vão tirar-me delas
disparem mas reparem que elas erguem-se
elas fazem-me ser eu, então perdão aos némesis
mas hoje a minha fé só vive nelas e elas querem-me!
e elas pedem:” nunca deixes esta terra. esta selva de concreto
precisa de versos bélicos. é mesmo belo. e tu não zelas
ás promessas.” vivo delas e elas querem-me!
e elas podem afogar-me mas eu só respiro nelas!
boa sorte aos inimigos mas o meu coração é lenda
e se me alienarem o pensamento, então eu volto a dentro delas
como um mar em marte é mártir. e a amar-te como eu, mato quem se mandar
p’ra frente deste mar: não vai voltar a ver a terra!

(3º voz off)
e esta… é a nossa história


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