lirik lagu álvaro mamute - balcarce
[intro]
se perde não, porra
se perde não
[verso 1]
sempre de olho nas maldade’ e esquecendo o que é puro
te juro, minhas feridas eu não curo
me esqueci de ser importante ou influente, sempre reticente
valor nessa vida não é o preço do presente
cabeça cheia de merda é oficina também
e o diabo acerta o espaço dеla como ninguém
eu ouço a voz da tentação falando aos montes: “erra”
a solução andando armada mе responde: é guerra
desculpa esses sonhos todos que eu pus em vocês
e essa inspiração maluca que fiz achar vez
saí do méier pra ganhar o mundo, e prometi voltar
com os moleques na mochila e umas história’ pra contar
zerei a vida em pouco tempo, e mandei tudo se foder
agora falta só comemorar um oscar na parmê
me comparam com lendas e não reparam a maldade
que diferente de mitos, eu faço ser de verdade
tuas estrela’ favoritas agora querem me agradar
esquecem que dez anos atrás nem iam me olhar
eu sei quem são de verdade, e o teu brilho não me cega
o meu jardim cresce há anos, mesmo quando ninguém rega
e eu ganhei na mega: a sorte de ter paixão
de tirar da minha cabeça mil ideias de um milhão
na minha casa tem abraços, não procuro na rua
e pra eu me sabotar agora só com o ego indo a lua
as sereias cantam doce, mas eu sou diabético
meu poder não é dogmático, e só ser dialético
e se ser ético é temático eu vou contra a corrente
e uso a minha hipocrisia pra me manter na frente
num hotel 5 estrelas no cu do mundo, rimando
sofrendo merdas que só sofre, neguinho, quem tá amando
vendo o mundo todo errado sem querer fazer igual
eu não sou todo, mãe! fala aí, na moral!
aprendi a ler aos três, já emendei no inglês
educação destinada aos filhos dos reis
então se for pra montar banca, irmão, não vai sobrar jornal
minha obrigação é segregar é o bem e o que é mal
quando disserem que o melhor sou eu, não tem novidade
faço essa porra desde os lindos 13 anos de idade
se meus heróis me negam, neguinho, deixa pra lá
só não espera eu atender se o telefone tocar
até vou te cumprimentar se vier me entrevistar
o mundo dá voltas, safado
um dia eu volto a tentar
a ser modesto, fingir que eu não sou indigesto
fingir que minha humildade, irmão, vive nos gesto’
é impossível ser humilde se tu vence o destino
me chamem de sr. fantástico, eu ainda tô expandindo
as rimas não são de borracha mas te apagam do mapa
tu vai me ver desmaiado antes de ver dando tapa
eu disse não pra tantas coisas que tinham cara de sonhos
que pude ver que por trás eram pesadelos medonhos
depois voltei pra casa, mesmo que achassem ruim
disse que o mundo lá fora não era tão grande assim
que os desafios são bobos, que os monstros são de mentira
que verdadeiro desafio é vencer sua própria ira
e eu venci
desculpa a quem incomodar
eu avisei que era lento, mas que ia chegar
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