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lirik lagu afonso dias - os velhos

[refrão]
diz que há de vir
uma era justa e boa
em que o valor da pessoa
se mantém quando envelhece
está no trabalho que fez

para conseguir
uma coisa como esta
dava o sangue que me resta
e era como se tivesse nascido mais uma vez

[verso 1]
deram~nos este banco de avenida
onde a sombra nos dói e a tarde gela
e daqui vemos nós passar a vida
sem que a vida nos sinta perto dela

[verso 2]
assim nos atiraram para fora
das coisas que ajudámos a fazer
ai como o sol aquece pouco agora
ai muito custa a noite adormecer

[refrão]
diz que há de vir
uma era justa e boa
em que o valor da pessoa
se mantém quando envelhece
está no trabalho que fez
para conseguir
uma coisa como esta
dava o sangue que me resta
e era como se tivesse nascido mais uma vez

[verso 3]
fomos pedreidros, varredores [?]
fizemos casas, cultivámos terras
criámos gado, entrámos pelas minas
demos os filhos para as vossas guerras

[verso 4]
demos as filhas para vos servir
cortámos lenha p’rá vossa fogueira
e o tempo a ir~se e a gente a pressentir
que vos demos sem querer a vida inteira

[refrão]
diz que há de vir
uma era justa e boa
em que o valor da pessoa
se mantém quando envelhece
está no trabalho que fez

para conseguir
uma coisa como esta
dava o sangue que me resta
e era como se tivesse nascido mais uma vez
[verso 5]
e ainda é sangue o que nas veias corre
ainda é raiva o que nos dobra a mão
ainda é [?] um sonho que não morre
no nosso velho e atento coração

[refrão]
diz que há de vir
uma era justa e boa
em que o valor da pessoa
se mantém quando envelhece
está no trabalho que fez

para conseguir
uma coisa como esta
dava o sangue que me resta
e era como se tivesse nascido mais uma vez

- lirik lagu afonso dias

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