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lirik lagu adl - favela vive 6

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[letra de “favela vive 6” ft. mc carol, borges & sandra de sá]

[verso 1: lord adl]
escrevei minha parte ou ser uma das partes na cena do crime
hoje minha história é do favela que nem sempre vive
que deus me livre de alguém ter que lavar meu sangue na calçada
e essa ser é a cena em que eu me encontro
dedos entrelaçados atrás da cabeça
eu só carrego a minha cruz mas eu morro se puxo
sai pra defender meu pão e morri sem defesa
por ser do rap meu único movimento brusco
em tantos lugares a história se repete
mãe de quatro filhos, dois morreu no crime
e deixaram filhos, ela cuida tipo mãe de sete
cinco minutinhos de beco adentro tu muda teu mindset
quantos aqui morreram pobre, pobre, pobre
e trabalharam bem mais de quatorze horas
nunca tivemos primo rico, rico, rico
nossas avós trabalharam até senhoras
me diz como é que chega a cocaína
como a morte de um inocente se tornou tão b~n~l
como miraram no tráfico e acertaram em severina
como prende um mc se quem mata é o policial
ou então como fica rico sendo preto
como posso ter razão com o bico de um fuzil encostado no peito
se um de nós adoece não tem vaga falta leito
assassinaram a luiza, universitária do gueto
nós quer lei antirracista, eles quer lei anti~oruam
nosso jeito de falar incomoda o arthur do val
nas favelas do rj a bala come de manhã
balearam o eros, eram os cana’ trazendo mal
guerra continua no pique da endola chapa esquenta
tem uns que brilham no passeio igual pablin e vários reels
olha o preto que eu achei, bonitão na ngb
era inocente tinha nada, notícia na globo news
cinco dias sem água vai pra pista e tacar fogo
não é só que a atenção, se fosse terror nós botava o dobro
ninguém vê o favela cria, poucos olha’ pra favela
ação do borges e do chefin, o tino não botou na tela
é que eles treme com a força que existe em nós
o que nos falta mesmo é ter a mesma união que os motoboy’
mermas oportunidade dos playboy
mas quando se fala em favela, ver um de nós vencer pra eles dói
eu já te contei minha história, hoje eu conto as interrompidas
muitas baixas nessa guerra de gente que não é envolvida
de gente que ainda apanha pela estigma
caso do amarildo ainda é um enigma
linhas tristes, também queria que fosse a última, favela enferma
a morte é uma amiga íntima
o rap informa a visão que não tá nas páginas
última forma, nós já tá cansado de lágrimas
favela vive!
[verso 2: mc carol]
direto de niterói, o vulgo é carol bandida
a mídia me critica diz que eu canto baixaria
mas é no pl~n~lto que eles fodem o trabalhador
esse escala 6×1 pra mim que é uma putaria
seu namorado é um otário, ele bateu na ex~mina
te trai que na favela ele não usa camisinha
engravidou a vizinha e nunca paga a pensão
obrigando a coitada a criar o filho sozinha
equipe pé no chão, nós viemos lá de baixo
não aceita covardia, muito menos esculacho
tu não vai ver ninguém tirando minha autoestima
nem muito menos eu abaixo a cabeça pra macho
pra nós nunca foi fácil, vivendo além da loucura
depois tu me pergunta porque minha vó tá maluca
meteu a mão no médico que veio chei’ de desculpa
depois de ver o filho morto pelo corredor da upa
eles odeiam nossa cor, nós odeiam a racista
vini jr. lá na liga, tu vê que ninguém liga
aqui as mina terrestre cuidada onde tu pisa
se mexer com mais de nós eu acabo com a tua vida

[verso 3: dexter oitavo anjo]
numa noite fria e tenebrosa daquelas peças na mão, eu infringi
o sétimo mandamento, um péssimo momento
reflexo de um tempo onde o nada era negado
e minha busca atrás do sonho valia mais que minha vida
era tudo que eu queria, depois vi irmãos sendo tratados como bicho
entre eles, eu, jogado ali no canto, o plano era matar o marquinhos
renasci como o oitavo anjo
condenado eternamente por quem me rouba todo santo dia, eles não tem decência
sociedade não perdoa criminoso que roubou por sobrevivência
mas idolatra mata e morre pra ter um na presidência
as leis das ruas não valem no pl~n~lto, pode ter certeza disso
se valesse eram todos esses putos
meio dia e meia nas ideias no campinho
filhos da terra prometida onde alguns cercaram tudo
se alto nomearam donos
não dividiram pão, ratos famintos
de quebradinha tomaram vinho, brindaram nosso sono
não existe caridade vindo de dinheiro público
e o público nem se liga nisso
focados em futilidade de influência
sonhando em ser eles
dormir e acordar rico no outro dia
pensa, brasil não é pra amadores
se te mandassem pintar um quadro sobre: luto, mortes e dores
te pergunto: qual seriam as cores? (qual seriam as cores?)
tão intuitivo como android, eles tem um plano pra acabar com a gente
por isso a necessidade de me manter forte
tô pr~nto, mete margem, sempre deus na frente
hip~hop, meu remédio pra evitar a morte
sei que poucos deram sorte
eu não tive pai pra me ensinar o be~a~bá
não tive axé de barrabás, nem foro privilegiado
a liberdade eu tive que buscar
a minha luz foi o rap, ‘cê entende o peso desses meus versos?
caso o contrário flores e caixão
verão, outono, primavera no inferno
punitivo como inverno
quem não tem casa morre de frio na calçada, eles também normalizaram isso
o sistema te quer, um ser humano insensível
cada um com sua dor, foda~se o coletivo
hey, musica negra, amo ser seu filho
agradeço por tá vivo e fazer parte disso
favela vive (vive, vive, vive)
o bom e velho rap tem seu compromisso, sim
[verso 4: borges]
favela vive em meio a tantas mortes
chega a ser irônico, eu falo isso aqui
eu também já gritei que a favela venceu
mas depois eu percebi que eu mesmo menti pra mim
eu vi uma mãe com seu filho no braço
a parte triste disso é que não era recém~nascido
era um jovem jogado, em meio dos quinze anos
com um corpo sanguentado e algumas balas de tiro
eu perguntei pra deus, cadê você?
ele disse: meu filho, ainda estou aqui
não me culpe pela maldade no coração do homem
o castigo dele vai ser não chegar até a mim
em época de copa eles querem ocupar
mandaram até águia pra instalar o upp
mas aí te pergunto: como o crime vai parar?
se tem gringo pra comprar, vai ter os cria pra vender
guerra desnecessária de quem acabar com nada e se quisesse acabava
mas o problema é na raiz
polícia me enquadra, falou umas coisa racista
só não entendi porque não parou de mexer o nariz
lei áurea não traz igualdade
olhe no fundo dos meus olhos e veja a verdade
olhe no fundo dos meus olhos e veja a maldade
o sistema é um rei arrogante e covarde
eu sou a continuação de um sonho
de todas as vitimas de bala perdida
a morte tem preço, o valor tem a vida
só quem passou por essa merda entende a narrativa
sejamos abraham lincoln, independência
com a pele de… tupac shakur
tu não escutou djonga, vai escutar um papo meu
no final de tudo eu vou ter que mandar tomar nu~
[verso 5: dk~47]
mesma cena, mesma fita, mesma história repetida
isso é beco da mina, que nada vale sua vida
se a favela não dá brecha, não é bom deixar na reta
ontem um deixou na reta e virou estampa de camisa
influencer racista, mc agressor de mina
o ódio tá na pista, eu só vou te dar uma dica
quando é pra ser bom eu gosto de dar meu melhor
mas quando é pra ser ruim, menor, eu sou melhor ainda
tuas rima é de mentira igual os produtos da virginia
eu sei que tu se assusta quando vê o meu sorriso
mas eu não sou uma cobra que vou te matar abraçando
eu sou igual o coringa, hoje eu vou te matar rindo
foda~se o tigrinho, essa porra não me emociona
tu é vergonha pra mídia ou tu é mídia sem vergonha
vocês não entenderam como o mundo funciona
ou tu tem rosto que vende ou tem um bolso que compra
tentar com nós é lona igual tz, sou favelado
a guerra estourou, vocês não tava desse lado
playboyzada, aproveita que seus dias tão contado
porque vê um playboy no topo é igual elefante no telhado
te vê nós tá ilhado, a sirene não funciona
o rio invade as casas levando as nossas coisas
tá achando que eu tô ligando pra cor da tua maconha
se tu já trocou de carro ou se tu já trocou de loura
dinheiro é bom, eu quero sim, se essa é a pergunta
quem foi que não sonhou em um dia deixar os cria forte?
mas nós ‘tamo gastando tudo com droga e puta
enchendo de dinheiro o cu do dono da lacoste
porque roberto jefferson, lees só conversaram
porque o poze foi algemado pelo policial?
na festa junina vocês entraram e atiraram
porque deram o microfone na mão de pablo marçal?
porque que a favela ainda vive se fudendo?
quem roubou o nss ninguém tá sabendo
espero que o iphone 20 tenha um recurso endoscopia
pra vocês mostram no story como tão podre por dentro
da favela 1 ou 6, quanto menor eu citei, que antes dos 16 já foram assassinados
podia ser o filho de vocês
favela não venceu, no máximo tem em empatado

[verso 6: sandra de sá]
moleque raquídico, sangue branco, anêmico, sem nutrientes
resolveu assalta, era filho de mãe, sem zumbidos físicos e mentais
viu a fome de perto, a morte nos olhos
olhando no espelho e a mãe pedindo milagre
sofrimento é ver quem ‘cê ama, sofrer sem ter paz
o vagabundo não sabe o que espera na vida lá fora
tá florida pra não dizer que tá foda, é tanta gente
o ninguém no jornal só se for com uma tarja preta nos olhos
pra esconder o olho de peixe morto do peixe pequeno
indigente, nem vem ao caso
avião que só voa no morro nunca vai saber o que é céu de verdade
cordãozão de outro estampado no peito
um fuzil e uma granada na cintura
auto estoura os miolos que puxaram a chave na hora errada
bandido bom é bandido bem preparado
o mercado é competitivo
se tudo na vida tem que dedicar tempo
pra que dedicar o que não faz sentido
tal bem, moleque vem
nessa roleta russa da vida, com swing e gingado
tal bem, moleque vem
a arma é a caneta e o escudo papel
tal bem, moleque vem
nessa roleta russa da vida, com swing e gingado
tal bem, moleque vem
a arma é a caneta e o escudo papel

[outro: sandra de sá]
a arma é a caneta e o escudo papel
cultura, vida, arte


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