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lirik lagu ace (mdg) - 1, 2, 1, 2

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[verso 1]
ouve quem te noticia, a notícia delicia
não há mais pão p’ra malucos, encerrei a padaria
p’ra quem queria ver-me por baixo, eu elevei a fasquia
sou selectivo demais p’ra viver com essa energia
amigos eu tenho alguns, não são muitos, mas são bons
querem-me ver usar dons, a rimar e a cantar tons
se não me quiseres no topo, a partir no microfone
podes-me chamar o don, vou-te esmagar com este som
eu tenho tentado a bondade e humildade e ficar calado
mas é um dado comprovado, o outro lado está errado
e eu no silêncio mudo a tentar mudar o meu estado
só vejo escroques a fazerem cacos no meu telhado
não confundas paciência com estupidez
tão depressa vês o caso mal parado como vais parar de vez
pede ajuda à pata que te fez, eu ponho a pata nessa cara
e não há quem acuda, porque eu valho por 3
não vejo lealdade, sócios querem-me a pausar na sombra
afirmam amizade p’ra terem conforto na zona
não sou surfista, não preciso da crista da onda
um dia vão querer uma bóia, eu mantive-me sempre à tona
vida boa às minhas custas, com carreiras à boleia
tipo putas ciumentas, não respeitam a carteira
desvalorizam a presença porque a inveja não aceita
concorrência é desleal, queriam queda da cadeira
não é brincadeira, merda nessas bocas quando falem
o meu nome, tipo falo, nas gargantas, então calem
se são fundas e insistem, eu rezo p’ra que se entalem
ganhem calo nas laringes, são galinhas, eu galo
como um sino, eu badalo, sou alarme neste meio
até posso ficar sozinho, mas eu morro verdadeiro
‘tou no morro a contemplar, sou dono disto por inteiro
e quando for, enterrem-me em pé, porque eu não vendi o traseiro
sacrifícios pela família, mas não tudo pelo dinheiro
o fim não justifica os meios, não me vão ver de joelhos
ou como um empresário do diabo a vender-vos conselhos
não tenho falsidade a tingir os meus glóbulos vermelhos
dei a mão a gente ingrata, subiram por mim acima
treparam, já se acham os patrões desta colina
cifrões deturpam visões e mudam a perspectiva
só otários caem várias vezes na mesma mentira
não me querem a ser eu, porque atraio almas puras
e é a esses qu’eu vaio com estas palavras mais duras
não são nada sem a luz que eu extraio das alturas
se não derem respeito, eu bazo e vocês ficam às escuras

[2x]
um, dois, um dois
eu vou voltar ao mesmo
gajo do antigamente, chama-me o mano mais velho
chama-me o pai disto tudo, o padrinho neste meio


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